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2011-02-28

World Rare Disease Day

Rare Diseases and Health Inequalities

The main purpose of World Day for Rare Diseases is to focus on informing the public about rare diseases and their impact on patients' lives, as well as the highlighting their seriousness as a priority of health issues.

It was established in 2008 because, according to the European Organization for Rare Diseases (EURORDIS), treatment for many rare diseases is insufficient, as are the social networks to support individuals with rare diseases and their families; furthermore, while there were already numerous days dedicated to sufferers of individual diseases (such as AIDS, cancer, etc.), there had previously not been a day for representing sufferers of rare diseases.

Theme for 2011 is "Rare Diseases and Health Inequalities", to focus on differences for rare disease patients between and within countries, and compared to other segments of society, in order to ensure equal access for patients to health care, social services and rights, and to orphan drugs and treatments.

Nothingandall joined to this ebent throught Bloggers Unite

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Vozes da noite - Armando Côrtes-Rodrigues

Vozes na Noite! Quem fala
Com tanto ardor, tanto afã?
Falou o Grilo primeiro,
Logo depois foi a Rã.

Pobre loucura dos homens
Quando julgam entendê-las…
Só eles pasmam os olhos
Neste encanto das estrelas.

Lá no silêncio dos campos
Ou no mais ermo da serra,
Na voz das rãs fala a água,
Na voz dos grilos a Terra.

Só eles cantam a vida
Com amor e singeleza,
Por ser descuidada, alegre;
Por ser simples com beleza.

Pudesse agora dizer-te,
Sem ser por palavras vãs,
O que diz a voz dos grilos,
O que diz a voz das rãs.


in Antologia de Poemas para a Infância, organização Henriqueta Lisboa, Ediouro Publicações

Armando César Côrtes-Rodrigues (Vila Franca do Campo, 28 de Fevereiro de 1891 — Ponta Delgada, 14 de Outubro de 1971).

Ler do mesmo autor, neste blog:
Ergo meus olhos vagos na distância
Em Louvor da Água

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Benfica és o maior! Parabéns pelo 107º aniversário


Eis como nasceu há 107 anos o clube que segundo o Guiness, é o que tem mais sócios no mundo, cerca de 170.000.

Em 28 de Fevereiro de 1904, fundou-se na Farmácia Franco, à Rua Direita de Belém, nº. 107, o Grupo Sport Lisboa.

Os sócios fundadores foram:
Abílio Meireles
Amadeu Rocha
António Rosa Rodrigues
António Severino
Cândido Rosa Rodrigues
Carlos França
Daniel Brito
Eduardo Corga
Francisco Calisto
Francisco Reis
João Inácio Gomes
João Goulão
Joaquim Almeida
Joaquim Ribeiro
Jorge Augusto de Sousa
Jorge de Sousa Afra
José Linhares
José Rosa Rodrigues
Manuel Gourlade
Manuel França
Raul Empis
Henrique Teixeira
Vírgilio Cunha
e Cosme Damião que elaborou a acta
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Em 1906 foi fundado o Grupo Sport de Benfica, dando-se em 1908 a fusão dos clubes passando em 13 de Setembro de 1908 a denominar-se Sport Lisboa e Benfica.

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2011-02-27

Liga Zon Sagres: Benfica ganha no minuto 90+4 e Porto ainda tem de esperar para festejar...

Benfica logoMarítimo logo
Benfica


2 - 1

Marítimo


Benfica não desiste... com Fábio Coentrão a dar a vitória

O Estádio da Luz (quase) encheu com 55 mil espectadores a receber a equipa vitoriosa de Estugarda. Regressou Javi Garcia, com a ausência por castigo de Sidnei, Jardel foi titular.

Percebeu-se que o Benfica não punha o ritmo acelerado dos últimos jogos mas o domínio era encarnado com 70% de posse de bola e sete pontapés de canto favoráveis nos primeiros vinte e cinco minutos!

Logo aos 8' o Benfica criou a primeira oportunidade com Cardozo a amortecer de cabeça para Saviola mas com o remate deste a bater num defesa do Marítimo. Aos 22' começou-se a perceber que o guarda-redes do Marítimo iria ter papel de relevo no jogo. Um cabeceamento de Luisão, de um pontapé de canto, fez brilhar o guarda-redes da equipa insular.

Aos 31 Maxi Pereira chega à linha de fundo, cruza e a bola é interceptada pelo braço de Roberge mas o árbitro não considera haver motivos para penalty.

Aos 37' Gaitán vem da esquerda para o meio e remata cruzado com a bola a bater no poste e a sair para fora.

Jorge de Jesus fez questão de pôr logo os jogadores da frente em aquecimento para a eventualidade de entrada na segunda parte. O Benfica procurou entrar forte na segunda parte e Aimar de livre obrigou Marcelo a nova excelente defesa para evitar a inauguração do marcador. Aos 56' uma extraordinária defesa de Marcelo a remate de Salvio na pequena área e no minuto seguinte Cardozo tem tudo para fazer golo ao segundo poste a um metro da baliza mas acerta com a bola no poste.

O Benfica começava a ficar impaciente com Marcelo a brilhar! Livre de Cardozo, e de novo o guarda redes a defender. Por esta altura o jogo partiu-se e o Marítimo também ameaçou chegar à baliza de Roberto com um cruzamento da esquerda a não ser cortado por Aimar mas com um jogador do Marítimo também a não chegar para o desvio.

Jorge de Jesus mete mais jogadores na frente entrando Jara para o lugar de Aimar (69') e Kardec (73') no lugar de Gaitan que dera sinais evidentes de fadiga, mass a primeira substituição fora para o Marítimo (Danilo Dias deu o lugar a Héldon aos 62')
Primeira mudança nos insulares.

O Benfica tinha muita gente na frente mas começava a faltar o discernimento. Numa fugida o Marítimo ganhou pontapé de canto e deste surgiu o golo dos visitantes com o cabeceamento de Djalma ao primeiro poste a fazer entrar a bola rasteira junto ao segundo após tabelar ainda no poste. Se o 0-0 praticamente afastava o Benfica da discussão do título o 0-1 seria o xeque-mate. Porém, os encarnados não atiraram a toalha ao chão e aos 83' chegou ao empate. Coentrão cruzou de primeira rasteiro da direita a bola a cruzar a baliza com Salvio ao segundo poste a conseguir enviar a bola para a baliza igualando o marcador.

O público ainda acreditava, os jogadores do Marítimo atiravam-se para o chão para parar o jogo; Pedro Martins fez entrar Kléber para o lugar de Djalma e reforçou o centro da defesa com a entrada de João Guilherme no lugar de Sidnei. Também Jesus esgotara as substituições com a entrada de Carlos Martins saindo Javi Garcia.

Já não havia tácticas era bola na área para a confusão de jogadores. Aos 89' mais uma estrondosa defesa de Marcelo. Coentrão cruza com conta peso e medida para a cabeça de Kardec, o avançado brasileiro remata e Marcelo defende, com a bola ainda a bater na trave.

O árbitro deu 4 minutos de compensação o que pareceu pouco. Luisão ao segundo poste ganha e a bola entra na baliza, mas Cardozo bloqueara Marcelo e não valeu.

Mas depois de vários milagres de Marcelo ao evitar golos certos que se assistira durante o jogo deu-se um milagre ao contrário. Uma bola sobrante na área para Fábio Coentrão terminar com um remate de pé direito pelo meio da defesa dando um triunfo importantíssimo (e merecido) para o Benfica.

Vasco Santos não é árbitro de categoria para jogos quentes. Sem muita polémica em termos técnicos apesar de um dos assistentes quase sempre decidir contra o Benfica
(dois foras de jogo inexistentes, lançamentos, perdão de segundo amarelo a um jogador que fez falta por trás a Salvio), disciplinarmente fez uma arbitragem fraca. Agiu com cartão vermelho directo a Robson com o jogo já terminado.

Num jogo electrizante o Benfica ainda mantém pressão sobre o Porto apesar deste ir-se livrando de todos os adversários (esta semana foram 3-0 em Olhão!)

Benfica: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel e Coentrão; Javi, Salvio, Aimar e Gaitán; Cardozo e Saviola.

Marítimo: Marcelo; Ricardo Esteves, Robson, Roberge e Luciano Amaral; Rafael Miranda e Roberto Souza; Danilo Dias, Sidnei e Djalma; Baba.

Golos: 0-1 Djalma 77'; 1-1 Salvio 82; 2-1 Fábio Coentrão 90+4'
Disciplina: 41' Cartão Amarelo para Ricardo Esteves (Marítimo), após entrada sobre Gaitan.
47' Cartão Amarelo para Rafael Miranda (Marítimo)por falta à entrada da área sobre Aimar.
57' Cartão Amarelo para Aimar (Benfica) pelo árbitro ter considerado haver simulação de falta.
64' Cartão amarelo para Roberge por protestos, após falta assinalada sobre Cardozo.
82' Cartão amarelo para Maxi Pereira.
Já com o jogo terminado Robson e Roberto Souza viram o cartão vermelho

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Mas Que Sei Eu... - Ruy Belo

Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu sei que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha


in Todos os Poemas

RUY de Moura Ribeiro BELO nasceu em São João da Ribeira, Rio Maior (Ribatejo) a 27 de Fevereiro de 1933 e faleceu em Queluz a 8 de Agosto de 1978.

Ler do mesmo autor:

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2011-02-26

GRÃO DE INCENSO - Augusto Gil



Entraste com ar cansado
Numa igreja fria e triste.
Ajoelhei-me ao teu lado
– E nem ao menos me viste...

Ficaste a rezar ali,
Naquela imensa tristeza.
Rezei também, mas a ti.
– Que aos anjos também se reza...

Ficaste a rezar até
Manhã dentro, manhã alta.
Como é que tens tanta fé
E a caridade te falta?...


in Luar de Janeiro

Augusto César Ferreira Gil (n. em Lordelo do Ouro, Porto a 31 de Jul. de 1873; m. na Guarda a 26 de Fev. de 1929)
Ler do mesmo autor:
Vae ser pedida. Casa qualquer dia
Balada da Neve
Em Vagon

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2011-02-25

O Sentimento Dum Ocidental - I Ave Marias - Cesário Verde


A Guerra Junqueiro

Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba-me;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.

Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, Sampetersburgo, o mundo!

Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga, os mestres carpinteiros.

Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos,
Embrenho-me a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!

E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinido de louças e talheres
Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.

Num trem de praça arengam dois dentistas;
Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Os querubins do lar flutuam nas varandas;
Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!

Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.

Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.

Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!


in Poemas Portugueses - Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, Selecção, organização, introdução e notas Jorge Reis-Sá e Rui Lage, Porto Editora

José Joaquim Cesário Verde (n. em Lisboa a 25 de Fev 1855; m. Lisboa, 19 Jul 1886).

Ler ainda do mesmo autor, neste blog:
Noite Fechada
Cobertos de folhagem na verdura...
Arrojos
Lúbrica
CONTRARIEDADES
Nós III
Vaidosa
De Tarde

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Ode ao Burguês - Mário de Andrade

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos;
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"–Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
–Um colar... –Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burgês!...

Extraído de Poesia Brasileira do Século XX, dos Modernistas À Actualidade, Antígona

Mário Raul de Morais Andrade (n. em São Paulo, a 9 de Out de 1893; m. em São Paulo a 25 de Fev. de 1945)

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2011-02-24

Uefa Europa League: Portugal, Russia and Netherlands have 3 teams qualified for the round of 16

Uefa Europa League - Matchday 8 Round of 32
Leverkusen
2-0(4-0)Metalist
Villarreal
2-1(0-0)Napoli
PSV
3-1(2-2)Lille
Sporting
2-2(1-1)Rangers
Liverpool
1-0(0-0)Sparta Praha
Braga2-0(0-1)Lech Poznan
Ajax2-0(3-0)Anderlecht
Spartak M.
1-1(3-2)Basel
D. Kyiv
4-0 (4-1)Besiktas
Man. City3-0(0-0)Aris
Twente
2-2(2-0)Rubin
Zenit
3-1(2-1)Young Boys
CSKA M.
1-1(1-0)Paok
FC Porto0-1(2-1)Sevilla
Stuttgart
0-2(1-2)Benfica
PSG0-0(2-2)Bate Borisov

The table is designed to able to see at the same row the match for the round of 16.
For example, on the round of 16 Leverkusen (qualified against Metalist) plays against Villarreal (qualified against Napoli)

The result of the first leg is shown in brackets

xxx Team qualified (in rose)
Qualified by countries:

Portugal 3 : Benfica, FC Porto, Braga
Russia 3: Spartak Moskva, CSKA Moskva, Zenit
Netherlands 3: PSV, Ajax. Twente
England 2: Liverpool, Manchester City
Germany 1: Leverkusen
Spain 1: Villarreal
Scotland 1: Rangers
France 1: PSG
Ukraine 1: Dinamo Kyiv

Champions League
AS Roma
2-3Shakhtar Donetsk
AC Milan0-1Tottenham
Valencia
1-1Schalke 04
Arsenal
2-1FC Barcelona
FC Kobenhavn0-2
Chelsea FC
Internazionale
0-1 Bayern München
Marseille
0-0Manchester United
Lyon
1-1Real Madrid



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Finalmente o Benfica venceu em solo alemão e ... aguarda PSG

Benfica logoStuttgart
Stuttgart


0-2

Benfica



Vitória convincente


O Benfica não confiou em demasia na vantagem ligeira da primeira parte e assumiu a iniciativa do jogo de modo demonstrando não querer deixar arrastar o zero a zero durante muito tempo pondo-se a jeito de sofrer um golo e ser eliminado.

A ausência de Saviola não era esperada, enquanto a de Javi Garcia foi colmatada pela entrada no onze inicial por Airton. De resto não houve surpresas.

Na equipa alemã o guarda-redes Ulreich, que fez grande exibição na Luz deu o lugar a Zingler. Assim não admirou que este começasse a brilhar cedo. Aos 6' Gaitán decidiu tentar um chapéu longo e o guarda-redes do Stuttgart fez grande defesa junto à barra. Aos 18' uma transição ofensiva rápida com Coentrãoi a incorporar-se no ataque e a surgir isolado mas Ziegler saiu a cortar o ângulo e evitou que o lateral esquerdo encarnado fizesse o golo.

O Benfica teve sempre mais iniciativa mas a equipa alemã demonstrou que também tem bons jogadores destacando-se o japonês Okazaki e o avançado Harnik que marcara na Luz. Este teve uma incursão pela meia direita concluída com um remate que deu a sensação de golo a boa parte dos espectadores mas o remate ao primeiro poste foi desviado por Roberto para a malha lateral exterior da baliza, cedendo pontapé de canto. Este lance antecedeu um período em que os alemães fizeram perigar a baliza do Benfica beneficiando de livres à entrada da área concedidos por Aimar (23') e Airton (28'). Mas aos 31' na sequência de um canto da esquerda a bola foi cortada de cabeça para fora da área aparecendo na direita Salvio a rematar de primeira cruzado com a bola a bater no chão e a anichar-se no fundo da baliza depois de passar pela floresta de jogadores saídos do lance de canto. Este golo dava ao Benfica as tranquilidade necessária porque os alemães já teriam de marcar dois para empatar a eliminatória.

Perto do final da primeira parte Sidnei viu o cartão amarelo ao ir à esquerda fazer falta sobre Harnik. Era este o lado privilegiado de ataque dos alemães aproveitando o adiantamento de Coentrão.

No início da segunda parte o Benfica ameaçou o 2-0 mais do que uma vez evitado por Ziegler. Uma grande combinação na esquerda Aimar-Gaitán terminou com um remate de Jara que Ziegler defendeu e depois aos 49' foi Gaitán que pôs à prova o guarda-redes alemão em lance em que se lesionou na cabeça (choque com Gaitán e depois com um colega de equipa) tendo de ser substituído pelo Ulreich. De facto o trabalho dos guarda-redes do Stuttgart foi árduo e assim teve de ser repartido por ambos.

A entrada de Geibart no lugar do internacional holandês Boulahrouz deu maior capacidade ofensiva aos locais e num curto período a baliza do Benfica passou por aflição sendo a vez de Roberto brilhar defendendo remate de cabeça de Okazaki (75') que minutos antes fizera passar a bola a rasar o poste em remate cruzado.

Porém cronologicamente anterior foi uma defesa soberba de Ulreich a remate de golo de Cardozo após uma jogada extraordinária de Jara pela direita. A renovação do meio-campo encarnado com a entrada de Carlos Martins (saída de Aimar) foi o cheque-mate sobre a equipa alemã. Aos 78' um livre directo foi apontado por Cardozo de pé esquerdo e a bola tabelando ainda no poste foi bater na malha lateral interior do outro lado da baliza de Ulreich. Para além da passagem da eliminatória estava agora confirmado o primeiro triunfo do Benfica em provas oficiais na Europa do futebol, em solo alemão ao fim de dezanove jogos!

A equipa alemã já de cabeça perdida viu Kuzmanovic ser expulso por vermelho directo por agressão a Carlos Martins após slalom deste pelo meio campo adversário... Carlos Martins que minutos antes em defesa de Coentrão também vira amarelo "repartido" com
Gebhart.

O árbitro inglês mostrou competência em jogo que não teve lances complicados de decisão.

O Braga em casa venceu o Lech Poznan por 2-0 (golos de Alan 8' e Lima 36') e joga agora com o Liverpool!, O Porto perdera ontem em casa com o Sevilha por 1-0 mas fez capitalizar o triunfo de 2-1 em solo espanhol e assim segue em fremnte para defrontar o CSKA de Moscovo. O patinho feio veio de Alovalade onde tudo acontece à equipa leonina. Diouf marcou aos 20' para os escoceses do Glasgow mas a equipa do Sporting virou o resultado. Ainda na primeira parte Pedro Mendes igualara aos 42' e
aos 83' Djaló deu vantagem. Em tempos de desconto adeus à Europa, com o 2-2 marcado por Maurice Edu...


Ficha do Jogo de Estugarda:
Round of 32, Second leg - 24/02/2011 - 21:05CET (21:05 local time) - VfB Arena - Stuttgart

Árbitro: Mike Dean (ENG); Assistentes: Michael Mullarkey (ENG), David Richardson (ENG)
ESTUGARDA: Marc Ziegler (Ulreich), Niedermeier, Molinaro, Trasch, Boulahrouz (Gebhart 61'), Delpierre, Tamás Hajnal (Élson 79'), Kuzmanovic, Sven Schipplock, Shinji Okazaki, Martin Harnik

BENFICA: Roberto, Sidnei, Maxi Pereira, Fábio Coentrão, Luisão, Salvio, Gaitán, Aimar (Carlos Martins , Airton, Jara (Kardec 90+2'), Cardozo (Felipe Menezes 88')

Golos: Salvio 31', Cardozo 78'
Disciplina: 44' Cartão Amarelo para Sidnei (Benfica) por falta sobre Harnik.
46' Cartão Amarelo para Delpierre (Estugarda) por falta sobre Salvio.
77' Cartão Amarelo para Shinji Okazaki (Estugarda) por protestos já depois de uma falta.
80' Cartão Amarelo para Gebhart e para Carlos Martins por desentendimento mútuo.
90'+7 Cartão Vermelho para Kuzmanovic (Estugarda).

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Equinócio - David Mourão-Ferreira

Chega-se a este ponto em que se fica à espera
Em que apetece um ombro o pano de um teatro
um passeio de noite a sós de bicicleta
o riso que ninguém reteve num retrato

Folheia-se num bar o horário da Morte
Encomenda-se um gin enquanto ela não chega
Loucura foi não ter incendiado o bosque
Já não sei em que mês se deu aquela cena

Chega-se a este ponto Arrepiar caminho
Soletrar no passado a imagem do futuro
Abrir uma janela Acender o cachimbo
para deixar no mundo uma herança de fumo

Rola mais um trovão Chega-se a este ponto
em que apetece um ombro e nos pedem um sabre
Em que a rota do Sol é a roda do sono
Chega-se a este ponto em que gente não sabe


(extraído de Os Poemas da Minha Vida, n. 4 - Urbano Tavares Rodrigues - Público)

David de Jesus Mourão-Ferreira (n. em Lisboa a 24 Fev. 1927; m. Lisboa a 16 Jun 1996)

Ler do mesmo autor:
Soneto do Cativo
E Por Vezes
Nocturno
Paraíso
Ternura
Labirinto
Penelope
Primavera

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Cantares galegos V - Rosalía de Castro

Campanas de Bastabales daqui

Corre o vento, o río pasa.
Corren nubes, nubes corren
camiño da miña casa.

Miña casa, meu abrigo;
vanse todos, eu me quedo
sin compaña nin amigo.

Eu me quedo contemprando
as laradas das casiñas
por quen vivo suspirando.

Ven a noite..., morre o día,
as campanas tocan lonxe
o tocar da Ave María.

Elas tocan pra que rece;
eu non rezo, que os saloucos
afogándome parece
que por min tén que rezar.
Campanas de Bastabales,
cando vos oio tocar,
mórrome de soidades.


Rosalía de Castro (n. Santiago de Compostela a 24 Fev 1837; m. Padron, Coruña, 15 Jul 1885)
Ler da mesma autora:
Campanas de Bastabales
El Otoño de La Vida
Cuan tristes passam los dias
Dicen que no hablan las plantas
Sed de Amores Tenia
I do not know what I am eternally seeking

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2011-02-23

Fenomenologia da arbitragem portuguesa: génese racional e patologia complexa dos factores explicativos da tendência...de prejudicar o Benfica

Como é reconhecido o Nothingandall é um blog de referência no panorama nacional. Pois bem, depois de prolongada pesquisa e em estreia mundial o blog Nothingandall tem condições de divulgar o sumário executivo da tese de doutoramento em Fenomenologia da arbitragem portuguesa: génese racional e patologia complexa dos factores estruturais explicativos da tendência em inclinar o campo em prejuízo do Benfica

O achado que adiante se apresenta é proveniente das catacumbas faraónicas do Egito e foi descoberto na sequência das recentes convulsões sociais de massas. Importa concluir que visto isto toda a gente percebe, mesmo os mais analfabetos os motivos porque os árbitros querem, gostam, têm a tendência de fod** o Benfica!

Dixit!

PS: A tese de doutoramento completa pode ser consultada nos arquivos da Biblioteca da Harvard University

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Anos Quarenta, os Meus - Luiza Neto Jorge



De eléctrico andava a correr meio mundo
subia a colina ao castelo-fantasma
onde um pavão alto me aflorava muito
em sonhos à noite. E sofria de asma

alma e ar reféns dentro do pulmão
(como um chimpanzé que à boca da jaula
respirava ainda pela estendida mão).
Salazar três vezes, no eco da aula.

As verdiças tranças prontas a espigar
escondiam na auréola os mais duros ganchos.
E o meu coito quando jogava a apanhar
era nesse tronco do jardim dos anjos

que hoje inda esbraceja numa árvore passiva.
Níqueis e organdis, espelhos e torpedos
acabou a guerra meu pai grita "Viva".
Deflagram no rio golfinhos brinquedos.

Já bate no cais das colunas uma
onda ultramarina onde singra um barco
pra cacilhas e, no céu que ressuma
névoas águas mil, um fictício arco-
-irís como é, no seu cor-a-cor,
uma dor que ao pé doutra se indefine.
No cinema lis luz o projector
e o FIM através do tempo retine.

Maria Luiza Neto Jorge nasceu a 10 de Maio de 1939 em Lisboa, onde faleceu a 23 de Fevereiro de 1989

Ler da mesma autora, neste blog:
Nas Cidades do Sul
Baixo-Relevo
Desinferno II
Minibiografia
As casas vieram de noite
O poema ensina a cair
Magnólia
Ritual

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José Afonso: Já lá vão 24 anos...


José Afonso - Redondo Vocabulo

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de Agosto de 1929 — Setúbal, 23 de Fevereiro de 1987),

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DEDICAÇÃO À BANDEIRA AÇORIANA - Jeremias Pacheco Boleeiro


A Bandeira representa um povo,
também uma instituição qualquer
a bem dizer,não há nada de novo,
esta verdade aceita quem quiser.

Salve a linda Bandeira dos Açores,
se vê no cimo esquerdo o brasão
da Pátria portuguesa, e as cores,
que o olhar,alegra o coração.

Está também as linhas circulares;
são as rotas marítimas globais
das caravelas singrando os mares,
glória de Portugal,esquecer jamais...

Os sete castelos são um memorial,
da tomada dos mouros,no passado,
para Portugal era primordial
o solo da Pátria reconquistado...

As cinco quinas,o que representa?
São as cinco chagas de Jesus Cristo;Nisto:
em cada, seis moedas,complementa;
o preço com que Judas vendeu Cristo.

As estrelas em círculo douradas,
Qual o arco íris de belas cores,
são as nove ilhas tão consagradas,
do belo arquipélago dos Açores.

Se vê o açor em posição voante,
do alto dos céus em todas as ilhas
que chamou atenção ao navegante,
para descobrir estas maravilhas.

Cor branca é paz,amor e firmeza
na fé cristã desse povo obreiro.
de descendência bem portuguesa;
o açoriano é sério e ordeiro.

O azul está nos céus e no mar
imensa riqueza que envolve as Ilhas;
em pleno oceano a proclamar,
como são lindas estas maravilhas!

In: Testemunho Cristão de um Açoriano, 2007

Jeremias Pacheco Boleeiro, natural da Freguesia da Lomba do Loução, Povoação, onde nasceu a 23 de fevereiro de 1922

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2011-02-22

Bastava-nos amar. E não bastava - Joaquim Pessoa

Bastava-nos amar. E não bastava
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia?
O vento como um barco: a navegar.
Pelo mar. Por um rio ou uma veia.

Bastava-nos ficar. E não bastava
o mar a querer doer em cada ideia.
Já não bastava olhar. Urgente: amar.
E ficar. E fazermos uma teia.

Respirar. Respirar. Até que o mar
pudesse ser amor em maré cheia.
E bastava. Bastava respirar

a tua pele molhada de sereia.
Bastava, sim, encher o peito de ar.
Fazer amor contigo sobre a areia.


in Português Suave

Joaquim Pessoa, nasceu no Barreiro a 22 de Fevereiro de 1948

Ler do mesmo autor, neste blog:
A Ausência VIII
Quero-te para além das coisas justas

Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse

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Your mouth on mine / Dein Mund auf meinem - Hilde Domin


Your mouth on mine.
I lose all outline.
Thousands of tiny blossoms
unfurl
all over my body.

You kissed me tenderly
and went.

Dry shame like a fire
is red
on my belly and breasts.


Translated into English by Elke Heckel and Meg Taylor

Original Version

Dein Mund auf meinem.
Ich verlor allen Umriß.
Tausend kleine Blüten
öffneten ihre Kelche
auf meinem Körper.

Du küßtest mich zärtlich
und gingst.

Trockene Scham wie ein Feuer
stand rot mir
auf Bauch und Brüsten.

Hilde Domin (Dr. Hilde Palm, née Löwenstein) born 27 July 1909 in Köln/Cologne; † 22 February 2006 in Heidelberg.

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2011-02-21

Liga Zon Sagres: Benfica vence em Alvalade mesmo jogando toda a segunda parte com menos um jogador...

Sporting logoBenfica logo

Sporting

0-2

Benfica


Mesmo só com 10 jogadores... Benfica continua na perseguição ao FCP!

Antes do jogo nem parecia «derby». De facto toda a evidência me dava descanso : (i) já não joga Liedson no Sporting; (ii) Valdez - o jogador mais criativo da frente, lesionado; (iii) a equipa do Sporting está muito fragilizada psicológicamente e notícia de última hora Carriço também não joga (iv) o Benfica atravessa um bom estado de forma física, técnica e anímica; (v) o Benfica é muito forte nas transições ofensivas e no um para um; (vi) o Benfica vai já numa longa série de vitórias consecutivas.

Um factor não me deixa (nunca em termos futebolísticos em Portugal) tranquilo: a arbitragem. E então Artur Soares Dias, é mais um (a juntar a Benquerença(s), Elmano(s) e Jorge Sousa(s)) de que desconfio sempre. Ainda para mais porque se junta o auxiliar Bertino Miranda, neste caso, não por falta de competência - pelo contrário há três anos que é considerado o melhor assistente- mas porque no curriculum de jogos grandes em que arbitra o Benfica, este raramente ganha.

Mas vamos ao jogo. Primeiros minutos e provam-se as razões da minha estranha tranquilidade. Aos 3' uma tabelinha e Gaitán isola-se rematando ao lado. O Benfica já podia estar a ganhar comento eu! Cartão amarelo para um jogador do Sporting -Grimi! - não podia ser de outra maneira. Salvio já ia... Ui.. e com este ... Grimi que se acautele.

Aos 15' já lá canta o primeiro golo do Benfica. Cruzamento largo da esquerda, na direcção de Cardozo, há um corte e Salvio aparece na direita a inaugurar o marcador.

Aos 24' Carlos Martins leva o cartão amarelo por travar, numa jogada ainda no meio campo defensivo do Sporting, Yanick e no minuto seguinte a mesma coisa para Pedro Mendes por placagem a Gaitán.

Aos 29' há nova placagem a Gaitán e por este ter pedido amarelo é ele que leva. O árbitro quer desequilibrar os amarelos em desfavor do Benfica.

Verdade se diga que o Sporting até está a reagir bem e os encarnados estão a confiar demais na vantagem. Mais amarelos: Maxi - para mim sem justificação e Sidnei idem aspas num lance perfeitamente normal com Postiga. Pela estatística de amarelos isto até parece uma batalha campal! Porque será que para este jogo vem um árbitro destes que amarela tudo que mexe, a antítese total de como se deve arbitrar...

Pois bem aí está um dos objectivos cumpridos: Sidnei expulso aos 45'. Entra Jardel saindo Saviola.

O Benfica vai jogar toda a segunda parte com dez. Já na Taça de Portugal no Dragão o árbitro quis equilibrar um jogo desequilibrado a favor do Benfica expulsando incorrectamente Fábio Coentrão. Não conseguiu mesmo com dez o Benfica ganhou por 2-0.
Agora... o que é que o árbitro conseguiu? Estragar o jogo...

De facto a jogar com dez e mesmo com nove durante alguns minutos por lesão de Jardel que abriu a cabeça o Benfica procurou controlar o jogo. O Sporting perdeu-o num lance capital. Aos 53' Matías Fernández ganha o centro da área pode chutar à baliza, finta, tira Roberto, finta tira Coentrão e quando remata Roberto já está lá a esticar as mãos e a evitar o empate! Foi a grande oportunidade de golo do Sporting, desperdiçada para total desânimo dos adeptos do FCP.

Bem, pode acontecer que algum jogador do Sporting caia na áerea do Benfica... ou então mais uns amarelos... Mas o qwue aconteceu de relevante foi o contrário. Com felicidade, é certo, o Benfica chegou ao 2-0 após livre de Carlos Martins (em que Polga vê amarelo - mais um!...). A bola é rechaçada mas na insistência Gaitán remata a bola bate em Polga e trai Rui Patrício.

Foi o fim da capacidade de reacção leonina. As substituições ofensivas foram feitas mas o tipo de futebol - com lançamentos compridos para as costas da defesa encarnada adiantada e a tirar vários foras de jogo aos avançados do Sporting umas vezes, outras com a bola a sair pela linha de fundo - era o menos indicado quando o que se pedia era bola no pé e deslocações para aproveitamento da inferioridade numérica encarnada.

O Benfica com solidariedade defensiva e abnegação defendeu o 2-0 sem ter passado sequer por situações defensivas muito aflitivas. O FCP vai ter que continuar a pedalar para não perder o avanço na classificação, porque este Benfica ameaçar ganhar todos os jogos até ao fim do campeonato...

No finalzinho então podem repartir o título do FCP com Benquerença(s) (o de Guimarães), Jorge Sousa ( o do Rio Ave-Porto) e Elmanos (o da Luz contra a Académica e o do Dragão contra o Setúbal!)...

Da arbitragem o que dizer? Esteve bem nos foras de jogo, mas na disciplina amarelou tudo que mexia. Como na área do Benfica não caiu nenhum jogador do Sporting... o árbitro não teve o teste final.

Árbitro: Artur Soares Silva

SPORTING – Rui Patrício; João Pereira, Polga, Torsiglieri e Grimi (Maniche 73'); Pedro Mendes (Saleiro 75')e André Santos; Matías Fernandez; Yannick, Hélder Postiga e Cristiano (Diogo Salomão 72').

BENFICA – Roberto; Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Fábio Coentrão; Javi García; Salvio, Carlos Martins (Airton 65') e Gaitán; Saviola (Jardel 46') e Cardozo (Jara 73').

Golos: Salvio 15'; Gaitán (com a bola a desviar no corpo de Polga) aos 63'

Disciplina: 5' Cartão Amarelo para Grimi (Sporting), por falta sobre Salvio, que se escapava em jogada de contra-ataque.
24'Cartão Amarelo para Carlos Martins (Benfica), por travar a saída de Yannick para contra-ataque.
25'Cartão Amarelo para Pedro Mendes (Sporting), placagem a Gaitán, que saía em contra-ataque.
36' Cartão Amarelo para Maxi Pereira (Benfica), por impedir a progressão de Yannick.
40' Cartão amarelo para Sidnei (Benfica), por travar a progressão de Hélder Postiga.
45' Segundo amarelo e vermelho para Sidnei (Benfica).
62' Cartão Amarelo para Polga (Sporting), por falta sobre Gaitán, junto à quina da área leonina.
81' Cartão Amarelo para Roberto (Benfica), por demorar na reposição de bola.

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Soares Amarelo Dias



Tinha de ser! Mais uma encomenda. Amarelo para tudo que mexe. Se o Sporting não é capaz de dar (desde já) o título ao FC Porto, há solução. Soares Dias...

No final da primeira parte o Benfica tem tantos amarelos quantas as faltas cometidas...

Ano passado quis dar o título ao Braga (tirá-lo ao Benfica, obviamente), num célebre Braga-Guimarães em que marcou tantos penalties quantos os necessários para o Braga ganhar... Não conseguiu... Mas aí está o prémio pelo esforço! Agora, para a segunda parte, falta que algum jogador caia na área de rigor do Benfica...

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Lullaby - W. H. Auden

Lay your sleeping head, my love,
Human on my faithless arm;
Time and fevers burn away
Individual beauty from
Thoughtful children, and the grave
Proves the child ephemeral:
But in my arms till break of day
Let the living creature lie,
Mortal, guilty, but to me
The entirely beautiful.

Soul and body have no bounds:
To lovers as they lie upon
Her tolerant enchanted slope
In their ordinary swoon,
Grave the vision Venus sends
Of supernatural sympathy,
Universal love and hope;
While an abstract insight wakes
Among the glaciers and the rocks
The hermit's carnal ecstasy.

Certainty, fidelity
On the stroke of midnight pass
Like vibrations of a bell,
And fashionable madmen raise
Their pedantic boring cry:
Every farthing of the cost,
All the dreaded cards foretell,
Shall be paid, but from this night
Not a whisper, not a thought,
Not a kiss nor look be lost.

Beauty, midnight, vision dies:
Let the winds of dawn that blow
Softly round your dreaming head
Such a day of welcome show
Eye and knocking heart may bless,
Find the mortal world enough;
Noons of dryness find you fed
By the involuntary powers,
Nights of insult let you pass
Watched by every human love.


Wystan Hugh Auden (b. York, England, 21 February 1907 – d. Wien, 29 September 1973)

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2011-02-20

26 - Vitorino Nemésio


O anoitecer situa as coisas na minha alma
Como as cadeiras arrumadas
Quando os amigos partiram.
Meus degraus ainda têm a passada do adeus,
Lá quando uma palavra cria tudo,
E o resto, fechada a porta,
É posto nas mãos de Deus.
Então, à minha janela,
Tudo repousa e larga o aro dos conjuntos,
Tudo vem, com um gesto secreto e confiado,
Pedir-me o molde e o amor do isolamento,
Como se um desconhecido
Passasse e pedisse lume
E eu, sem reparar, lho estendesse:
Quando quisesse conhecê-lo,
Só a minha brasa ao longe,
Na noite que se faz pelo peso dos rios
E vive de fogo dado.
Assim nocturno, sou
O suporte de quem não tem para a consciência,
Que é como não ter para pão:
As coisa cegas
Prendem-se a mim,
Ao meu olhar, que é único na noite
Pelo seu grande alcance de humildade,
E fico cheio delas,
Como estes sítios ermos, junto de uma cidade,
Cemitérios de tudo, lugares para cães e bidons velhos;
Fico cheio da pobreza e do sinal das coisas,
Como um retrato de gente pobre é pobre e gauche
(Vale a recordação),
Mas sinto-me, ao mesmo tempo seco cheio de tacto
Como se fosse o seu bordão


(Eu, Comovido a Oeste, 1940)
Poema extraído de Poemas Portugueses Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI; Selecção, organização, introdução e notas de Jorge Reis-Sá e Rui Lage; Prefácio de Vasco da Graça Moura.

Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (n. Praia da Vitória, Ilha Terceira, Açores a 19 de Dezembro de 1901 — m. em Lisboa, 20 de Fevereiro de 1978)

Ler do mesmo autor:
Natal das Ilhas
Já um pouco de vento se demora
A Árvore do Silêncio
Outro Testamento
Semântica electrónica
Loa
Concha

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2011-02-19

Impressão Digital - António Gedeão




Os meus olhos são uns olhos,
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos, diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Pelas ruas e estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros, gnomos e fadas
num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D.Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.


António Gedeão (pseudónimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, n. em Lisboa a 24 Nov 1906; m. 19 Fev 1997)

Ler do mesmo autor:
Poema do Amor
Poema das Coisas Belas
Poema das Coisas
Poema do Gato
A um ti que eu inventei
Tempo de Poesia
Tudo é foi
Lição sobre a água
Poema da auto-estrada
Rosa branca ao peito
Pedra filosofal
Lágrima de preta
Minha Aldeia

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Happy Birthday Reon Kadena


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2011-02-18

Enquanto não estiver tudo decidido sobre tudo não está nada decidido sobre nada

Enquanto não estiver tudo decidido sobre tudo não está nada decidido sobre nada - Miguel Portas citando, segundo ele, responsáveis europeus sobre um novo Fundo de apoio (que ainda não existe) (ouvir mais).

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O Alvo - Lêdo Ivo

Não quero achar o que os outros perderam:
as moedas no chão, os guarda-chuvas
esquecidos nos ônibus, e a vida
deixada por engano sobre o asfalto.
Ao que ninguém viu, aspiro; ao que existiria
em forma de mar e árvore, se a natureza habitual não irrompesse
com suas sombras e cigarras e cascatas.
Quero, sonho e admiro e inédito
como a noite no caracol de uma escada
contudo perto das constelações se eu pudesse vê-las de outro planeta.

Não me comove o irretornável nem o tempo caído.
Em jogo descoberto, crio a minha emoção
e à janela contemplo a noite formal
e eu mesmo sou ogiva aberta aos grandes astros.
O que se perdeu, vai-se embora, como os anéis
separados das mãos, como a ventania
se afasta das bandeiras no momento das bonanças.
Sono perdido; zonas de transição que serão eternamente minhas; luz oculta em covil
não me volto para achar-vos. E sempre adiante busco
minha paisagem impor-se nas paliçadas alheias.


in Poesia Brasileira do Século XX, dos Modernistas à Actualidade; selecção, introdução e notas de Jorge Henrique Bastos, Antígona

Lêdo Ivo nasceu em Maceió, Alagoas, Brasil a 18 de Fevereiro de 1924.

Ler do mesmo autor, neste blog: Soneto de Abril

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2011-02-17

Uefa Europa League: Benfica vira o resultado, mas não está confortável

Benfica

2-1

Stuttgart



Alemães, afinal, não se assustaram

A equipa do Stuttgart é penúltima classificada na Bundesliga mas todos conhecemos a fraca propensão das equipas portuguesas, especialmente a do Benfica, em bater equipas alemãs.

A subida de forma do Benfica e as recentes exibições levaram Jorge de Jesus a dizer que a equipa alemã devia estar assustada mas não foi isso que se viu hoje no Estádio da Luz. Foi, aliás, o Benfica que entrou mal no jogo perante a agressividade, robustez física e pressão germânica nos primeiros minutos a ameaçar inaugurar o marcador por duas vezes: um cruzamento/remate da direita de Harnik desviado em Coentrão que bateu na barra (3') e uma defesa de Roberto a remate rasteiro perigoso de Okazaki. À terceira foi mesmo golo: Hajnal fez uma excelente assistência para Harnik, que fugiu em velocidade nas costas de Sidnei e aproveitou o adiantamento de Roberto para fazer um chapéu, inaugurando o marcador aos 21'.

O futebol vistoso, criativo e bastante ofensivo dos últimos jogos do Benfica não surgia, com a ausência de Saviola a deixar saudades apesar do empenho de Jara; na direita Salvio tinha a oposição do japonês Okazaki a dar ajuda preciosa ao lateral Molinaro e os desequilíbrios não surgiam. Alguns livres a pararem na barreira e um lance ao terminar a primeira parte de Fábio Coentrão que chegou primeiro à bola que o guarda-redes Henrich foi tocado por este num penalty clássico que nem o juiz de baliza em frente ao lance marcou. Levou amarelo o internacional português.

Logo no início da segunda parte o árbitro perdoaria o segundo amarelo ao central Tasci que fez falta no limite da área. O livre de Cardozo saiu ao lado. Todavia, a segunda parte foi muito diferente da primeira. Os alemães foram remetidos para o meio campo defensivo e as oportunidades encarnadas sucediam-se parecendo impossível como Heinrich ia adiando o empate designadamente num remate de Aimar aos 60' que levava o selo de golo.

Finalmente aos 70' surgiu o empate por Cardozo que à meia volta enviou a bola para o fundo da baliza dos alemães após um toque de cabeça de Aimar (quem diria?). O Benfica ganhou outra alma, alguns jogadores da equipa alemã baixaram em termos físicos e o Benfica chegou à vantagem num remate feliz de Jara do meio da rua com a bola à saída a bater num adversário e a sair um balão sobre a baliza, a bater na barra e cair já dentro da baliza, mas não fosse Cardozo na recarga a fazer bater a bola nas redes o golo, certamente, não teria sido assinalado.

Entre o 3-1 desejado pelos adeptos e com oportunidades para isso (desperdiçadas por Kardec, de cabeça ao lado com o guarda redes batido, Felipe Menezes a atirar por cima numa recarga após defesa do guarda-redes e um remate de Cardozo após extraordinária "ensaboadela" de Fábio Coentrão na esquerda a dois jogadores alemães!) e a demora de Roberto em retomar o jogo por várias vezes (assustado com um livre de Éldon ao poste!?) o jogo terminaria com uma vantagem mínima que não dá garantias nenhumas para o jogo da segunda mão.

Jesus no final manteve alguma fanfarronice assegurando que o Benfica marca golos na Alemanha. Como golos é plural significando pelo menos dois, os alemães teriam que marcar quatro para eliminar o Benfica...

Oxalá, Jesus dixit, amem!

O árbitro holandês Eric Braahmar(o tal que ficou célebre por festejar um golo do Ajax em pleno jogo que arbitrava) não deve ter gostado muito dos golos do Benfica, pois deveria ter assinalado um penalty como se disse e perdoou o segundo amarelo ao central alemão num critério disciplinar muito discutível.

Estádio da Luz
Árbitro: Eric Braahmar

Benfica: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Sidnei e Fábio Coentrão; Javi Garcia, Salvio (Kardec 74'), Aimar (Carlos Martins 74'), Gaitán, Cardozo e Jara (Felipe Menezes 87')

Sttutgart: Sven Ulreich, Boulahrouz , Serdar Tasci, Matthieu Delpierre e Cristian Molinaro; Christian Träsch, Zdravko Kuzmanović (Niedermeier 76'), Martin Harnik, Hajnal (Elson 63'), Okazaki e Cacau

Golos: 0-1 Harnik 21'; 1-1 Cardozo 70'; 2-1 Franco Jara 81'

Disciplina: 14' Cartão amarelo para Tasci por falta cometida sobre Jara.
26 'Cartão amarelo para Harnik por derrube a Gaitán.
42' Cartão amarelo para Fábio Coentrão pelo árbitro ter considerado haver simulação de penalty
58' Cartão amarelo para Delpierre por falta sobre Gaitán
87' Cartão amarelo para Javi García por entrada dura.
90+4' Cartão amarelo para Maxi Pereira por falta sobre Cacau.


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Uefa: European Competitions Results: Play at home didn't give great advantage (only four wins in twenty matches)

Uefa Europa League - Matchday 7 Round of 32
Metalist
0-4Leverkusen

Napoli
0-0Villarreal
Lille
2-2PSV
Rangers
1-1Sporting
Sparta Praha
0-0Liverpool
Lech Poznan1-0Braga
Anderlecht0-3Ajax
Basel
2-3Spartak Moskva
Besiktas
1-4Dynamo Kyiv
Aris0-0Manchester City
Rubin
0-2Twente
Young Boys
2-1Zenit
PAOK
0-1CSKA Moskva
Sevilla1-2FC Porto
Benfica
2-1Stuttgart
Bate Borisov2-2P. Saint-Germain

The table is designed to able to see at the same row the match for the round of 16.
For example, on the round of 32 Metalist plays against Leverkusen and Napoli against Villarreal. The winners play one against other on the round of 16.

First-leg home team shown first.

Champions League 15 /16 Feb.
AS Roma
2-3ShakhtarDonetsk
AC Milan0-1Tottenham
Valencia
1-1Schalke 04
Arsenal
2-1FC Barcelona
FC Kobenhavn22 Feb
Chelsea FC
Internazionale22 Feb Bayern München
Marseille
23 FebManchester United
Lyon
23 FebReal Madrid



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Os países inexistentes - Múcio Leão

- Queres partir comigo para países muito distantes,
Para países que dormem,
Embalados por oceanos que ninguém conhece?

Oh! Vamos juntos! Vamos partir para esses meus
mundos misteriosos!
Levar-te-ei a planícies brancas, cobertas de neve
como as do Alaska.
Verás que há na altura um sol gelado, envolto na poeira
nívea da neve.
E verás que um vento - um vento que uiva nos montes alvos -
Vem beijar teus cabelos cheirosos.

Levar-te-ei a montanhas encantadas, onde habitam
dragões de olhos de fogo.
Verás que no céu as estrelas se desfazem,
Mandando raios doirados coroarem tua fronte serena.
Levar-te-ei às ilhas paradisíacas,
Que estão dormindo no ritmo das ondas mansas.
Lá as árvores cheias de sombras são feitas de humanas ternuras
E os pássaros que cantam têm uma voz límpida como violinos.

Levar-te-ei a esses mundos estranhos,
A esses mundos formosos que nunca ninguém viu.

E tu hás de repousar a cabeça no meu peito,
Deslumbrada pelos meus países inexistentes.

Múcio Carneiro Leão (Recife, 17 de fevereiro de 1898 — Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1969).

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2011-02-16

Alunos ... com imaginação!




Professor: - O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?
Aluno: - Puré de batata, senhor professor!

Professor: - Joãozinho, me diga sinceramente, você costuma rezar antes de cada refeição?
Joãozinho: - Não preciso senhor professor... A minha mãe é uma boa cozinheira.

Professor: - Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno: - Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
Professor: - Mais depressa!
Aluno: - Nós corremos, vós correis, eles correm!

Professor: - "Chovia" que tempo é?
Aluno: - É tempo muito mau, tempo de Inverno, senhor professor!

Professor: - Quantos corações nós temos?
Aluno: - Dois, professor.
Professor: - Dois!?
Aluno: -Sim, o meu e o seu!

Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
O 1º aluno diz: - Acordei tarde, professor! Sonhei que fui à Polinésia e a viagem demorou muito.
O 2º Aluno diz: - E eu fui esperá-lo ao aeroporto!

Professor: - Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: - Sim, professor. Um queijo e quatro vacas....

Um aluno de Direito fazendo um exame oral: - O que é uma fraude?
Responde o aluno: - É o que o Professor está a fazer.
O professor muito indignado: - Ora essa, explique-se...
Diz o aluno: - Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!

Professor: - Maria, aponte no mapa onde fica a América do Norte.
Maria: - Aqui está.
Professor: - Correto. Agora turma, quem descobriu a América?
A turma em uníssono: - A Maria!

Professor: - Artur, a sua redação "O Meu Cão" é exatamente igual à do seu irmão. Você copiou?
Artur: - Não professor! O cão é que é o mesmo!

Professora: - Bruno, que nome se dá a uma pessoa que continua a falar, mesmo quando os outros não estão interessados?
Bruno: - Professora.

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A Gente Nunca Está Só - Adelmar Tavares

A gente nunca está só.
Ou se está com uma saudade
De um sonho desfeito em pó;
Ou se está com uma esperança
De nova felicidade
No coração que não cansa...

Sempre uma sombra com a gente,
Constantemente
Uma sombra... Boa... ou má...
Só é que nunca se está.


in Antologia de poemas para a infância, organização de Henriqueta Lisboa, Ediouro Publicações

Adelmar Tavares da Silva Cavalcanti (n. Recife, Pernambuco a 16 de Fev. de 1888 — m. Rio de Janeiro, 20 de Jun. de 1963)

Ler do mesmo autor, neste blog: Amor

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Musical suggestion of the day - Carlos Paredes



Carlos Paredes (Coimbra, 16 de Fevereiro de 1925 — Lisboa, 23 de Julho de 2004)

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2011-02-15

Quotation of the Day / Citação do Dia - Jeremy Bentham


Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar, nem se podem ou não falar. O que importa é que são capazes de sofrer.

The question is not, can they reason? Nor, can they talk? But, can they suffer?

Jeremy Bentham (philosopher and animal rights activist, b. 15 Feb. 1748 – d. 6 Jun.1832)

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Sabedoria - Ronald de Carvalho


Enquanto disputam os doutores gravemente
sobre a natureza
do bem e do mal, do erro e da verdade,
do consciente e do inconsciente;
enquanto disputam os doutores sutilíssimos,
aproveita o momento!

Faze da tua realidade
uma obra de beleza

Só uma vez amadurece,
efêmero imprudente,
o cacho de uvas que o acaso te oferece...


Ronald de Carvalho (n. Rio de Janeiro, 16 de Maio de 1893 — m. Rio de Janeiro, 15 de Fevereiro de 1935).

Ler do mesmo autor neste blog:
Anoitece
Filosofia

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2011-02-14

O Grande Sonho - Alceu Wamosy


... e eu sonho que hás de vir. Sonho que um dia
mais ardente e mais bela do que eras,
virás encher de graça e de harmonia
meu jardim de tristíssimas quimeras.

Sonho que hás de trazer toda a alegria,
todo o encanto das tuas primaveras,
ou que em um reino antigo de poesia,
o meu amor, entre rosais, esperas.

E fico na ilusão de que tu vieste
E nesse sonho de ouro mergulhado,
o teu vulto alvoral surgindo vejo
sobre as próprias feridas que fizeste...

E fico na ilusão de que tu vieste
o bálsamo estendendo do teu beijo,
sobre as próprias feridas que fizeste...

Alceu de Freitas Wamosy naceu em Uruguaiana, Rio Grande do Sul (RS) a 14 de Fevereiro de 1895 e faleceu em Livramento (RS) a 13 de Setembro de 1923
Ler do mesmo autor, neste blog:
Duendes
Duas Almas
Noturno
Ária Antiga
Melancolia
Eterna Tarde

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2011-02-13

Liga Zon Sagres: Jornada 19 - Porto vence em Braga e arrefece adeptos do Benfica esfusiantes com exibição frente ao Guimarães

Resultados da 19ª. Jornada
12 Fev. 19:15Nacional 0-1União de Leiria
12 Fev. 21:15Olhanense 2-2Sporting
13 Fev. 16:00Rio Ave2-0Portimonense
13 Fev. 16:00Paços de Ferreira1-0Marítimo
13 Fev. 16:00Naval2-1Académica
13 Fev. 18:15 Benfica3-0Vitória de Guimarães
13 Fev. 20:15Braga0-2FC Porto
14 Fev. 20:15Beira-Mar-Vitória de Setúbal


Comentários da Jornada:

O Porto ganhou em Braga e deu passo de gigante no caminho do título. A equipa bracarense (com muitas lesões - antes e durante o jogo) não deu a réplica que se esperava e o Porto longe de ser brilhante venceu a luta pelo meio campo e ganhou com dois golos do central Otamendi (!) em lances de bola parada. O primeiro na ressaca de um pontapé de canto, ao finalizar a primeira parte, o segundo após ressalto na barreira de um livre de Hulk (67'). O Braga foi incapaz de reagir ao avanço no marcador do Porto, mas é preciso dizer que ainda com o resultado em 0-0 Mossoró teve hipóteses de inaugurar o marcador, não o conseguindo porque Belluschi fez falta num penalty que ficou por marcar. Duarte Gomes, aliás, não mostrou pulso, ao levar dois encostos de peito de Belluschi, um deles já depois de ter exibido amarelo ao argentino. A perder a equipa de Braga só por uma vez através de Hugo Viana, num livre, ameaçou realmente a baliza de Helton.

Antes, a exibição do Benfica levou ao rubro quase 55 mil espectadores na Luz. Futebol de primeira água com uma primeira parte de luxo e triunfo natural por 3-0, resultado aquém das muitas jogadas ofensivas (duas bolas aos ferros, penalty falhado, um golo mal invalidado, e Nilson o melhor jogador do Guimarães).

Se na luta pelo título só aparentemente tudo ficou na mesma - na realidade, o Porto está mais perto do título - na luta pela manutenção, o nosso prognóstico de semana passada confirmou-se, ou seja um Portimonense frágil a enterrar-se e uma Naval a levantar-se e a importunar as equipas acima da linha de água (Rio Ave e Setúbal).

A equipa da Naval venceu pela primeira vez esta época em casa, a "vizinha" Académica por 3-1. Ao intervalo a vantagem já era de 2-0 (Gómis de penalty e Simplício) com os "estudantes" a jogarem só com dez, mas as coisas ficaram equilibradas no recomeço de jogo. Um penalty deu o 2-1 (Songou) e o equilíbrio no número de jogadores. Porém, os figueirenses não tremeram e confirmariam o triunfo com mais um golo de Giuliano já perto do final.

O Rio Ave na segunda parte com golos de João Tomás e Yazalde acabou com a resistência do Portimonense conquistando a quarta vitória em 19 jogos disputados e manteve a Naval a quatro pontos de distância. Amanhã o Setúbal vai a Aveiro e precisa de pontuar para não se sentir mais pressionado no jogo da próxima jornada em que recebe a Naval.

A jornada começou com a União de Leiria a ir vencer à Madeira o Nacional mostrando ser uma "caixinha" de surpresas. Com as derrotas do Guimarães e do Braga a equipa de Leiria está agora no quinto lugar a um ponto dos vimaranenses.

O Sporting esteve a vencer em Olhão por dois golos (ao intervalo vencia por 1-0) de Postiga (aos 27' e 62'), mas viu a vantagem esfumar-se rapidamente. Ismaily aos 64' e um auto-golo de Carriço nivelaram o marcador. A arbitragem de Benquerença foi polémica com razões de queixa do Sporting (dois foras de jogo mal assinalados e um penalty por mão de Fernando Alexandre), mas também o primeiro golo de Postiga foi, a meu ver, irregular.

Finalmente uma referência ao triunfo do Paços de Ferreira frente ao Marítimo, quase fora de horas. Faziam já os insulares planos sobre o modo como acondicionariam um pontinho na bagagem de regresso à Madeira quando Rondon em tempos de desconto marcou o golo que se traduziu no terceiro triunfo caseiro da equipa pacence igualando em pontos o Nacional e ficando a um de distância do Braga!

A próxima jornada é dominada pelo derby lisboeta com o Benfica a deslocar-se a Alvalade, não jogando o Porto (que já antecipou o jogo frente ao Nacional). Há ainda um derby algarvio entre o Portimonense e o Olhanense.

Classificação
LugarClubeJVEDGolosPtos
1. FC Porto2018 2046-756
2. Benfica19150440-1645
3. Sporting1996432-2233
4.Vit. de Guimarães1985624-2429
5.União de Leiria1984719-2328
6. Braga 1983833-2627
7.Olhanense19 68518-1726
7.Paços de Ferreira19 68518-2126
7. Nacional2075817-2326
10.Beira-Mar1859423-2224
11.Académica1955925-3420
12.Marítimo 1947819-2219
13. Vitória de Setúbal1845916-2817
14.Rio Ave19351019-2617
15.Naval 1º Maio19341217-36 13
15.Portimonense192 41317-3610


Calendário da 20ª. Jornada
27 Jan. FC Porto3-0Nacional
18 Fev. 20:15União de Leiria-Vitória de Guimarães
19 Fev. 19:15Portimonense -Olhanense
20 Fev. 16:00Académica-Rio Ave
20 Fev. 16:00Vitória de Setúbal-Naval 1º Maio
20 Fev. 18:00Marítimo-Beira-Mar
20 Fev. 20:15Braga-Paços de Ferreira
21 Fev. 20:15Sporting-Benfica

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Benfica vence e convence com melhor futebol do mundo durante a primeira parte do jogo

Benfica logoV. Guimarães logo Benfica

3 - 0

V. Guimarães


Primeira parte fantástica do Benfica...

O Benfica na primeira parte deste jogo fez uma extraordinária exibição com mais de 3/4 de tempo de posse de bola, com um domínio absoluto do jogo, vários pontapés de canto favoráveis, um só golo, é certo (de Sidnei aos 24', de cabeça, na sequência de um canto), duas bolas aos ferros (uma ao poste de Salvio, após livre ensaiado, outra de Gaitán) e mais umas três ou quatro defesas de Nilson. Foi um turbilhão de jogo ofensivo...

Os primeiros trinta minutos, então, foram diabólicos - com direito a elevada "nota artística" - mas na verdade o Guimarães no final da primeira parte ainda sobrevivia, perdendo apenas tangencialmente. Só uma vez chegou à baliza (aos cinco minutos) com um desvio ao lado de Édgar.

No início da segunda parte o Benfica marcou o segundo golo - lançamento longo de Sidnei com Aimar a desmarcar-se a dominar a bola excelentemente e a rematar logo de imediato ccruzado - e a fazer descansar os adeptos quanto à imprevisibilidade do resultado.

Azelhice dos árbitros (ou hábito de prejudicar o Benfica?) evitou que o Benfica aumentasse o score. Duas bolas mais entraram na baliza do Guimarães mas não valeram: na primeira foi assinalado um fora de jogo a Cardozo (ligeiramente adiantado, e por isso, foi uma decisão correcta, mas na segunda uma tabelinha com Saviola a proporcionar ao argentino um excelente golo invalidado por uma inventada irregularidade.

Cardozo depois falharia um penalty cometido sobre Saviola (apenas o terceiro que o Benfica beneficiou esta época depois de para aí uma dezena deles por assinalar...)ao rematar ao lado. O score teve a configuração final num chapéu de Carlos Martins a Nilson fazendo vibrar de novo os quase 55 mil espectadores...

Realce ainda para a estreia de Jardel que substituiu o aniversariante Luisão a dois minutos do fim.

Quanto ao Guimarães... teve uma oportunidade de golo aos 83' com Roberto a fazer uma excelente defesa a remate de Edgar que apareceu na área descaído pelo lado direito.

O Benfica está num momento alto mas o Porto não fraquejou em Braga (triunfo por 2-0) e a distância face ao diferencial de valor entre as duas primeiras equipas e as outras levam a concluir que o campeonato já está no saco...

Quando se inventa uma falta qualquer (qual?) para invalidar um golo limpinho como foi o de Saviola, já não pode ter nota positiva, mesmo que tivesse acertado todas as outras vezes. E como não acertou...

Estádio da Luz: 54.927 espectadores.
Árbitro: João Ferreira

BENFICA: Roberto, Maxi Pereira, Luisão (Jardel 90+2') , Sidnei, Fábio Coentrão, Salvio, Gaitán, Aimar (Carlos Martins 74'), Javi García, Saviola (Jara 81'), Cardozo

V. GUIMARÃES: Nilson, Alex, N´Diaye, Ricardo, Bruno Teles, João Alves, Renan (Targino 56'), João Ribeiro, Rui Miguel (Jorge Ribeiro no início da 2ª. parte, Edgar Silva, Faouzi (João Pedro 55').

Disciplina: 76' Cartão Amarelo para João Alves (V. Guimarães) por derrubar Saviola na área.

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