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2016-06-01

A Preguiça - Andrei Voznesensky

Abençoada preguiça, que delícia de armadilha,
quando é tanta que nem me levanto, nem durmo de novo.
Preguiça de atender o telefone. Você o alcança, passando uma perna por cima de meu corpo,
ouço a sua voz pertinho de mim, soando como um sino,
e meu estômago é comprimido pelo seu ombro.
"Entradas?" - diz você -"Que vão para o diabo. Ai, que preguiça!"
Dentro de nós a lentidão dos dias mergulha na sombra,
A preguiça é o motor do progresso. A chave para Diógenes é a preguiça.
Só o que sei é que você é encantadora -
o resto é lixo.
Este mundo é feio? Dê um jeito de ir levando.
Preguiça de ir pegar o telegrama - passe-o por baixo da porta.
Preguiça de ir jantar, preguiça de apagar a luz,
preguiça até de terminar a frase:
hoje é segun...
Nesta estrada o mês de junho,
bêbado, derramou-se:
sátiro com pés de bode
descalços - e usando shorts.

Tradução de Lauro Machado Coelho
Exttraído de "Poesia Soviética"; algol editora

Andrei Andreyevich Voznesensky, em russo Андре́й Андре́евич Вознесе́нский (nasceu em Moscovo na então União Soviética a 12 de maio de 1933 e faleceu em Moscovo, Rússia, a 1 de junho de 2010)



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2013-05-12

Abuses and awards - Andrei Voznesensky

A poet can't be in disfavour,
he needs no awards, no fame.
A star has no setting whatever,
no black nor a golden frame.

A star can't be killed with a stone, or
award, or that kind of stuff.
He'll bear the blow of a fawner
lamenting he's not big enough.

What matters is music and fervour,
not fame, nor abuse, anyway.
World powers are out of favour
when poets turn them away.

Translation by Alec Vagapov

Andrei Andreyevich Voznesensky, em russo Андре́й Андре́евич Вознесе́нский  (nasceu em Moscovo na então União Soviética a 12 de maio de 1933 e faleceu em Moscovo, Rússia, a 1 de junho de 2010)

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