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2016-10-11

Esboço - Fausto Guedes Teixeira

Negro o cabelo, a fronte iluminada,
O nariz curvo, a boca pequenina,
Nos olhos escuríssimos cravada
Uma estrela no fundo da retina;

Nas faces uma rosa desmaiada
E outra rosa nos lábios purpurina,
Seus pequeninos pés os duma fada
E o seu corpo um corpinho de menina;

Todos os traços cheios de expressão,
Nas mãos um fogo estranho que lhas beija,
Porque eu lhe pus nas mãos o coração:

Eis o esboço rápido de aquela
Que, sempre que na vida alguém a veja,
Nunca mais vê ninguém senão a ela!



in A Circulatura do Quadrado - Alguns dos mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa. Introdução, coordenação e notas: António Ruivo Moutinho, Unicepe

Fausto Guedes Teixeira (nasceu na freguesia de Almacave, em Lamego, em 11 de Outubro de 1871 — morreu em Lamego, 13 de Julho de 1940)

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2015-07-13

Amar ou Odiar - Fausto Guedes Teixeira

Amar ou odiar: ou tudo ou nada
O meio termo é que não pode ser
A alma tem de estar sobressaltada
Para o nosso barro se sentir viver

Não é uma cruz a que não for pesada
Metade de um prazer, não é um prazer!
E quem quiser a vida sossegada
Fuja da vida e deixe-se morrer!

Vive-se tanto mais quanto se sente
Todo o valor está no que sofremos
Que nenhum homem seja indiferente!

Amemos muito como odiamos já!
A verdade está sempre nos extremos
Pois é no sentimento que ela está.


Fausto Guedes Teixeira (nasceu em Lamego, 11 de outubro de 1871 — morreu em Lamego, 13 de julho de 1940)

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2012-10-11

Esboço - Fausto Guedes Teixeira

Negro o cabelo, a fronte iluminada,
O nariz curvo, a boca pequenina,
Nos olhos escuríssimos cravada
Uma estrela no fundo da retina;

Nas faces uma rosa desmaiada
E outra rosa nos lábios purpurina,
Seus pequeninos pés os duma fada
E o seu corpo um corpinho de menina;

Todos os traços cheios de expressão,
Nas mãos um fogo estranho que lhas beija,
Porque eu lhe pus nas mãos o coração:

Eis o esboço rápido de aquela
Que, sempre que na vida alguém a veja,
Nunca mais vê ninguém senão a ela!


in A Circulatura do Quadrado - Alguns dos mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa. Introdução, coordenação e notas: António Ruivo Moutinho, Unicepe

Fausto Guedes Teixeira (nasceu na freguesia de Almacave, em Lamego, em 11 de Outubro de 1871 — morreu em Lamego, 13 de Julho de 1940)

Fo mesmo autor, em Nothingandall:
Todas São Belas
Horas Amargas
Amar ou Odiar

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2010-10-11

Todas São Belas - Fausto Guedes Teixeira

Não há mulher que não tenha um encanto,
todas são belas seja no que for;
a alma, por mais oculta, em qualquer canto
há-de romper, e dar a sua flor.

Mas quando nada dê, temos, no entanto,
em nós, poder de tudo lhe supor,
desde a pureza, se esse amor é santo,
ao mais, se o nosso amor é bem amor.

Entre as surpresas de que nos rodeia
a vida, pode uma alma ser perdida?
criatura de amor, que seja feia?

Sonho que eu vivo, e por que, há tanto, chamo!
Quem me dera, através da minha vida,
encontrar, afinal, a que eu não amo!...


Fausto Guedes Teixeira (nasceu na freguesia de Almacave, em Lamego, em 11 de Outubro de 1871 — morreu em Lamego, 13 de Julho de 1940)

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2010-07-13

Nos 70 anos sobre a morte do poeta lamecense Fausto Guedes Teixeira - Horas Amargas


Fui hoje ver o mar. Longe daquela
que, enfim, já sabe como a sei amar,
queria ver alguma coisa bela
e, depois dela, o que é mais belo é o mar.

Há no fundo do meu amor por ela,
tão humilde, o temor de lho mostrar;
e, desde que lho disse, eu quero vê-la,
e, ao mesmo tempo, fujo de a encontrar.

Fui então ver o mar. Que tarde linda!
Voltaria de lá confiado e forte! ...
E ao regressar vinha mais triste ainda...

A causa do meu mal é conhecida
e apenas quem nos pode dar a morte
é que nos pode dar também a vida.


in Os Mais Belos Sonetos que o Amor Inspirou, J. G. de Araujo Jorge - 1a edição - 1963

Fausto Guedes Teixeira (n. Lamego 11 de Outubro de 1871 — Lamego 13 de Julho 1940)

Ler do mesmo autor, neste blog: Amar ou Odiar

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2009-07-13

Amar ou Odiar - Fausto Guedes Teixeira

Amar ou odiar: ou tudo ou nada
O meio termo é que não pode ser
A alma tem de estar sobressaltada
Para o nosso barro se sentir viver

Não é uma cruz a que não for pesada
Metade de um prazer, não é um prazer!
E quem quiser a vida sossegada
Fuja da vida e deixe-se morrer!

Vive-se tanto mais quanto se sente
Todo o valor está no que sofremos
Que nenhum homem seja indiferente!

Amemos muito como odiamos já!
A verdade está sempre nos extremos
Pois é no sentimento que ela está

Fausto Guedes Teixeira (nasceu em Lamego, 11 de Outubro de 1871 — morreu em Lamego, 13 de Julho de 1940)

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