Blog Widget by LinkWithin
Mostrar mensagens com a etiqueta António Lobo Antunes. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta António Lobo Antunes. Mostrar todas as mensagens

2016-09-01

Eu Quero Morrer no Mar - António Lobo Antunes

Mar - foto daqui


Olha os meus olhos morena
porque a aventura é ficar
se a minha terra é pequena
eu quero morrer no mar.

Lençóis de algas e peixes
de barcos a menear
no dia em que tu me deixes
eu quero morrer no mar

E se o negro é a tua cor
respirando devagar
depois do amor meu amor
eu quero morrer no mar.

António Lobo Anunes (m. em Lisboa a 1 de setembro de 1942)

Read More...

2015-09-01

Poema aos Homens Constipados - António Lobo Antunes

imagem daqui

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisanas e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.


António Lobo Antunes (nasceu em Lisboa a 1 de setembro de 1942).

Ler do mesmo autor, neste blog: Eu Quero Morrer no Mar

Aqui na voz de Vitorino:

Read More...

2011-09-01

Citação do Dia - António Lobo Antunes

Por que é que havia de me sentir sozinho? Raras vezes na minha vida, desde que me lembro de mim, tive um sentimento de solidão. E não me sinto mal na minha companhia, divertimo-nos muito os dois, eu e eu. Não me aborreço.

daqui

António Lobo Antunes nasceu em Lisboa a 1 de setembro de 1942

Read More...

2010-09-01

Citação do Dia - António Lobo Antunes

Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam.

fonte: Diário de Notícias, 09.11.2004

António Lobo Antunes nasceu em Lisboa a 1 de Setembro de 1942

Read More...

2009-09-01

H1N1? Não, apenas o poema A Gripe e os Homens de António Lobo Antunes, no dia do seu 67º. aniversário

imagem daqui

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisanas e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.


Poema extraído daqui

António Lobo Antunes (nasceu em Lisboa em 1 de Setembro de 1942).

Ler do mesmo autor, neste blog: Eu Quero Morrer no Mar

Read More...

2008-09-01

Eu Quero Morrer no Mar - António Lobo Antunes

Mar - foto daqui
Olha os meus olhos morena
porque a aventura é ficar
se a minha terra é pequena
eu quero morrer no mar.

Lençóis de algas e peixes
de barcos a menear
no dia em que tu me deixes
eu quero morrer no mar

E se o negro é a tua cor
respirando devagar
depois do amor meu amor
eu quero morrer no mar.

António Lobo Anunes (m. em Lisboa a 1 de Setembro de 1942 )

Read More...

2007-03-14

António Lobo Antunes é Prémio Camões 2007

O escritor António Lobo Antunes foi galardoado com o Prémio Camões 2007. A atribuição do maior galardão literário dedicado à Literatura em Língua Portuguesa ao autor de Os Cús de Judas e do mais recente Ontem Não te vi em Babilónia foi anunciada há poucos minutos. Sucede, assim, a José Luandino Vieira, a quem foi atribuido o prémio em 2006 que o autor recusou receber.
O Prémio Camões foi instituído em 1988, pelo Protocolo Adicional ao Acordo Cultural entre o Governo da República Portuguesa e o Governo da República Federativa do Brasil e visa «consagrar anualmente um autor de língua portuguesa que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum».

Os vencedores até à data foram os seguintes:
1989 - Miguel Torga
1990 - João Cabral de Melo Neto
1991 - José Craveirinha
1992 - Vergílio Ferreira
1993 - Rachel Queiroz
1994 - Jorge Amado
1995 - José Saramago
1996 - Eduardo Lourenço
1997 - Pepetela
1998 - António Candido
1999 - Sophia de Mello Breyner Andresen
2000 - Autran Dourado
2001 - Eugénio de Andrade
2002 - Maria Velho da Costa
2003 - Ruben Fonseca
2004 - Agustina Bessa Luís
2005 - Lygia FagundesTelles
2006 - José Luandino Vieira

Read More...