DESINFERNO II - Luiza Neto Jorge na passagem do 70º aniversário
Caísse a montanha e do oiro o brilho
O meigo jardim abolisse a flor
A mãe desmoesse as carnes do filho
Por botão de vídeo se fizesse amor
O livro morresse, a obra parasse
Soasse a granizo o que era alegria
A porta do ar se calafetasse
Que eu de amor apenas ressuscitaria
Poema extraído de Poemas de Amor, Antologia de poesia portuguesa, Organização e Prefácio de Inês Pedrosa, Publicações Dom Quixote
Nota biobliográfica extraída de A Circulatura do Quadrado - Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa. Introdução, coordenação e notas de António Ruivo Mouzinho. Edições Unicepe - Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, 2004.
Ler da mesma autora, neste blog:Minibiografia
As casas vieram de noite
O poema ensina a cair
Magnólia
Ritual
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