Hoje Ago 12 - Centenário do Nascimento de Miguel Torga
«Ser livre é um imperativo que não passa pela definição de nenhum estatuto. Não é um dote, é um Dom» (Miguel Torga)
Na data da efeméride do centenário do nascimento falecimento de um dos maiores escritores portugueses de sempre (e um dos que mais gosto) não podia deixar em claro este facto. Recordo-me da inquietude com que eu ficava perante a sua humildade e simplicidade, transmitida nas poucas entrevistas que dava.
Miguel Torga, médico de profissão e transmontano, foi um escritor muito premiado: entre outros recebeu o Grande Prémio Internacional de Poesia Knokke-Heist em 1976. Em 1980 partilhou com Carlos Drummond de Andrade, o "Prémio Morgado de Mateus. Em 10 de Março de 1981, recebe o Prémio Montaigne, atribuído pela Fundação F.V.S. de Hamburgo (Alemanha) e o Prémio Camões - o maior galardão da lusofonia - foi-lhe atribuído em 1989. Em 1991 recebeu "Prémio Personalidade do Ano" e, no ano seguinte, o prémio "Vida Literária" da Associação Portuguesa de Escritores, na sua primeira atribuição. Faltou-lhe um «É um escândalo que nunca tenha havido um galardoado de Portugal com o Prémio Nobel (da Literatura). Esse prémio deveria ser para Miguel Torga» (disse Jorge Amado). Mais tarde veio a ser atribuido, como se sabe, a José Saramago.
Miguel Torga, médico de profissão e transmontano, foi um escritor muito premiado: entre outros recebeu o Grande Prémio Internacional de Poesia Knokke-Heist em 1976. Em 1980 partilhou com Carlos Drummond de Andrade, o "Prémio Morgado de Mateus. Em 10 de Março de 1981, recebe o Prémio Montaigne, atribuído pela Fundação F.V.S. de Hamburgo (Alemanha) e o Prémio Camões - o maior galardão da lusofonia - foi-lhe atribuído em 1989. Em 1991 recebeu "Prémio Personalidade do Ano" e, no ano seguinte, o prémio "Vida Literária" da Associação Portuguesa de Escritores, na sua primeira atribuição. Faltou-lhe um «É um escândalo que nunca tenha havido um galardoado de Portugal com o Prémio Nobel (da Literatura). Esse prémio deveria ser para Miguel Torga» (disse Jorge Amado). Mais tarde veio a ser atribuido, como se sabe, a José Saramago.
Já coloquei neste espaço vários poemas de Miguel Torga, cuja obra está, aliás está para além da poesia: escreveu ficção (em que destaco Pão Ázimo, Bichos, Contos da Montanha, Novos Contos da Montanha...) e até teatro.
Deixo aqui mais um:
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga (Adolfo Correia da Rocha) (n. em São Martinho de Anta, Sabrosa, Trás-os-Montes, a 12 de Agosto de 1907 ; m. em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995).
Ler do mesmo autor, neste blog:
Hora de amor; Mea culpa; Anátema; Livro de Horas; Quase um poema de amor; Perfil; Exorcismo; Bucólica; Arquivo; Rogo;
Links externos:
Biografia em www.bib-arganil.org
Biografia em Vidas Lusófonas
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