Se Eu Fosse Apenas - Cecília Meireles (no 110º aniversário)
Se eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa...
in 366 poemas que falam de amor, uma antologia organizada por Vasco Graça Moura, Quetzal Editores
Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 — Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1964)
Ler neste blog da mesma autoria:
Traça a Reta e a Curva
A Chuva Chove
Motivo
Ou isto ou aquilo;
De um lado cantava o Sol;
Despedida;
Mulher ao espelho;
Balada das Dez Bailarinas do Cassino
Ler ainda um post a propósito: Dos 41 anos da morte de Cecília Meireles em 9-11-2005
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