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2010-04-23

No Penedo da Meditação - Alberto de Oliveira (na passagem do 70º aniversário da morte do poeta portuense)


Aprende-se até morrer...
Mas eu fui mais refractário:
Morrerei sem aprender,
Vida, o teu abecedário!

Nem a Dor, nem o Prazer,
No seu vaivém arbitrário,
Souberam dar ao meu ser
As regras do seu fadário.

O céu transborda de estrelas,
Mas é cifrado e secreto
Para mim, que não sei lê-las.

Cego, surdo, analfabeto,
De nada entendo o motivo,
Nem quem sou, nem porque vivo...


Alberto de Oliveira (nasceu no Porto a 16 de Novembro de 1873 e aí faleceu a 23 de Abril de 1940)

Ler do mesmo autor, neste blog: O Missal do Poente


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