Penso em ti - Castro Alves
Eu penso em ti nas horas de tristeza
Quando rola a esperança emurchecida
Nas horas de saudade e morbidez
Ai! Só tu és minha ilusão querida
Eu penso em ti nas horas de tristeza.
Vê quanta sombra me escurece o seio!
Que palidez sombria no meu rosto!
Tu és a única luz da treva em meio
Tu és a minha estrela do sol posto...
Contigo a sombra não me tolda o seio.
Quando a teus pés o meu viver s'escoa,
Esqueço a minha sorte, o meu martírio,
Minh'alma como a pomba em sangue voa
Para ir se abrigar à tua, ó lírio,
Quando a teus pés o meu viver s'escoa ...
Bendito o riso desses lábios túmidos!
Bendito o meigo olhar tão peregrino!
Como o sol abre a flor nos campos úmidos
Crenças desperta o teu divino olhar...
E o riso, o riso desses lábios túmidos
Ai! volve! volve peregrina estrela...
Minh'alma é o templo de um amor suave 
À tua espera o lampadário vela...
À tua espera perfumou-se a nave...
Ai! volve! volve peregrina estrela!
António Frederico de Castro Alves (nasceu em 14 de março de 1847, na fazenda de Cabaceiras, então freguesia de Muritiba, a poucas léguas da vila de Curralinho, hoje a cidade de Castro Alves, na Bahia, Brasil; m. Salvador, Bahia, Brasil a 6 de julho de 1871)
 


 






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