Não maldigo os versos que lhe fiz - Ronaldo Cunha Lima
Não maldigo os versos que lhe fiz,
embora não devesse tê-los feito.
São versos que nasceram do meu peito,
mas frutos de um amor muito infeliz.
São versos que guardam o que não quis
guardar daquele nosso amor desfeito.
Relendo-os sofro, e sofrendo aceito
o que o destino quis como juiz.
Não os maldigo, não. Não os maldigo.
Vou guardá-los em mim como castigo,
para no amor eu escolher direito.
Só porque nesse amor não fui feliz,
não maldigo os versos que lhe fiz,
embora não devesse tê-los feito.
in 50 CANÇÕES DE AMOR E UM POEMA DE ESPERA
Ronaldo José da Cunha Lima (Guarabira, Paraíba, Brasil 18 de março de 1936 - João Pessoa, Paraíba, 7 de julho de 2012)
 


 






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