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2015-07-15

EQUILÍBRIO - Henriqueta Lisboa

Estar não estando
no riso e no pranto.
Possuir sem domínio
dentro do possível.
Ser de si o oposto
sem deixar de ser.
Imóvel movente
que só por angústia
de tempo resvala
para achar o fluxo
do plectro em refluxo.
Pendente da sorte
do imã da força
dos próprios recuos,
o pêndulo pende
mediante a tangência
de eflúvios

que estuam
adversos

à inércia.

in Miradouro e Outros Poemas, Nova Fronteira, Rio de Janeiro
 
Henriqueta Lisboa (nasceu em Lambari, Minas Gerais, em 15 de julho de 1901; faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro de 1985).

Ler da mesma autoria, neste blog: 


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