À MORTE - Florbela Espanca
Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera,… quebra-me o encanto
Ler neste blog da mesma autora:
O Nosso Livro
Horas Rubras
Tarde de Mais
Ser poeta é
Amar!
Soror Saudade
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha
Cantigas leva-as o vento
1 comments:
tulipa
disse...
Fernando
deixei há dias aqui um comentário e estranho o teu silêncio...
Neste feriado aproveito para colocar em dia as visitas aos blogues dos amigos,
porque durante os dias de semana não há tempo para nada...
a vida é um corre-corre!!!
Dezembro é um mês
que simboliza o fim de algo
um mês sempre gelado
que eu não gosto
é a altura do ano em que me apetece adormecer para acordar só em Janeiro...
Não sou poeta
mas direi...
e para lá deste outono
quase inverno
sobrevoa o desejo
de alguns momentos
de felicidade
na minha vida
nesta época
insensível e falsa
que se aproxima
a que alguns
chamam de Natal.
deixo-te um abraço,
neste dia gelado e nublado
8 de Dezembro
em que a alma gela
efeitos
da temperatura exterior
e interior
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