Uefa Europa League: Podemos ter uma final portuguesa
2-2
Benfica
Errada estratégia fez tremer o apuramento...
Ai, ai...ai! Não fosse aquele golo marcado no último minuto do jogo da Luz por Saviola que deu o 4-1 e o Benfica que tremeu por todos os lados na primeira parte desta 2ª. mão poderia ter caído no abismo. Jorge de Jesus gosta de inventar nestes jogos importantes tirou Aimar do onze para entrar César Peixoto, colocando Gaitán no meio e isso foi o erro principal.
O Benfica começou o jogo como se estivesse a perder - o que é incompreensível quando se tem três!!! golos de vantagem. Pressão alta do Benfica, o PSV a jogar no meio-campo defensivo e a explorar lançamentos longos para as costas da defesa encarnada. Muitos foras de jogo... mas quando pegar uma.... será golo... adivinhava-se.
Holandeses a fazerem muitas faltas - Salvio arrumado do jogo por uma entrada de "sola" de um adversário que viu cartão amarelo - dois jogadores "amarelados", o guarda-redes a defender um remate de Gaitán para canto que 5!!! árbitros não vêem! Depois, a pressão alta a originar uma assistência de Marcelo (defesa do PSV) para Saviola que desperdiçou a inauguração do marcador...
Dentro da lógica do jogo um lançamento para a direita, desta vez Lens em posição legal rompe em direcção à baliza e cruza para a esquerda, sem acompanhamento necessário da defensiva encarnada, para Dzudzak (um dos melhores jogadores do PSV e que afinal não ficou impedido de jogar com o amarelo da Luz) inaugurar o marcador aos 17'. Salvio não recuperou da falta sofrida logo no início e teve de sair aos 20' para a entrada de Carlos Martins. Esta situação não foi má de todo porque tirou o individualista Gaitán do centro do terreno onde já perdera várias bolas ao tentar romper sozinho em dribles e podia permitir a estabilização do meio-campo encarnado. No entanto, com os holandeses empolgados, uma perda de bola de Saviola conduziria ao segundo golo do PSV. Roberto ainda defendeu o primeiro remate mas a falta de cobertura dos defesas deu a Lens a possibilidade da recarga que concretizaria o segundo golo.
O Benfica perdeu a cabeça e ofereceu o terceiro golo por Maxi Pereira num falhanço incrível que Dzudzack desperdiçou ao atirar contra as pernas de Roberto. Mais um golo e os holandeses passavam a ter vantagem... mas ao terminar a primeira parte após livre marcado por Carlos Martins (que já fora ele a sofrer falta), Luisão conclui com um pontapé fazendo a bola entrar entre a cabeça de um defesa em cima da linha e a barra, marcando um golo que faz inveja aos melhores avançados do mundo e que valeu um golo e meio. Com efeito, o Benfica (tinha apenas meio-golo de avanço) estava antes à mercê de um golo do PSV e agora a equipa da Holanda já tinha de marcar dois golos mas para empatar!
Na segunda parte, o Benfica, para além de mais estável em termos psicológicos, não caiu no erro inicial; postou a equipa mais atrás em campo não permitindo que o PSV jogasse em contra-ataque. A melhor capacidade técnica de alguns jogadores encarnados veio ao de cima e foi uma jogada individual de César Peixoto que tirou um penalty (e que devia ter dado o segundo cartão amarelo a Marcelo que o árbitro alemão perdoou). Cardozo fez o 2-2 aos 63' na conversão da penalidade e terminou com as possibilidades e ambições do PSV. Nas bancadas passou-se a ouvir olés dos portugueses. Jesus fez entrar Aimar para o lugar de Saviola, também os holandeses fizeram duas substituições de uma assentada, mas o jogo estava resolvido.
O Benfica passou com margem confortável de três golos mas os adeptos não podem estar muito satisfeitos com estas tremideiras tácticas e psicológicas. O Porto mostra uma consistência de jogo a meio-campo muito grande (voltou a vencer e por 5-2! em Moscovo), o Braga, com uma equipa muito desfalcada (e sem defesas) mostrou consistência defensiva e capacidade de sofrimento para jogar uma hora com menos um homem e assegurar o nulo com o Dynamo de Kiev e o Benfica continua a ser, das três, a equipa que tem níveis exibicionais de maior amplitude de variação (entre o melhor e o pior).
Agora temos um Benfica-Braga (isto porque a ordem dos jogos foi alterada não se sabe bem porquê... - supostamente por motivos de segurança - e não gostei nada disso), acabando a eliminatória no Estádio Axa, enquanto o Porto defronta o Villarreal (também voltou a ganhar na Holanda por 3-1 após os 5-1 da primeira mão) jogando o primeiro jogo no Dragão.
Ficha do Jogo: Stadium: PSV Stadion, Eindhoven (NED) Referee: Wolfgang Stark (GER) PSV
EINDHOVEN: Isaksson, Manolev (Nijland 85'), Marcelo (Vukovic 73'), Rodríguez, Abel Tamata (Marcus Berg 72'), Bakkal, Hutchinson, Wuytens, Labyad, Lens, Dzsudzak.
BENFICA: Roberto, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Fábio Coentrão, Javi García, César Peixoto, Salvio (Carlos Martins 20'), Gaitán (Airton 79'), Saviola (Aimar 67'), Cardozo.
Golos: 1-0 Dzsudzak 17'; 2-0 Lens 26'; 2-1 Luisão 45+3' e 2-2 Cardozo aos 63' de penalty. Disciplina: 7' Cartão Amarelo para Abel Tamata por falta sobre Salvio; 28'Cartão Amarelo para Dzsudzak, por rematar à baliza de Roberto com o jogo interrompido; 35' Cartão Amarelo para Marcelo por falta cometida sobre Saviola.
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