Los Sonetos de la Muerte II / Segundo Soneto da Morte - Gabriela Mistral
Este longo cansaço irá ser grande um dia
e a alma dirá ao corpo que não quer
arrastar o seu peso ao longo desta vida
por onde os homens vão, felizes por viver.
Sentirás que ao teu lado cavam brutalmente,
que outro hóspede chega à serena cidade.
Vou esperar que alguém me cubra completamente
e depois falaremos uma eternidade!
Só então saberás porque é que, ainda imaturo,
para as profundas fossas o teu corpo iria
aí dormir tranquilo, aí permanecer.
E então far-se-á luz no campanário escuro:
saberás que entre nós sinais de astros havia
e que, quebrando o pacto, tinhas de morrer.
Trd. de Fernando Pinto do Amaral
Original
Este largo cansancio se hará mayor un día,
y el alma dirá al cuerpo que no quiere seguir
arrastrando su masa por la rosada vía,
por donde van los hombres, contentos de vivir...
Sentirás que a tu lado cavan briosamente,
que otra dormida llega a la quieta ciudad.
Esperaré que me hayan cubierto totalmente...
¡y después hablaremos por una eternidad!
Sólo entonces sabrás el por qué no madura,
para las hondas huesas tu carne todavía,
tuviste que bajar, sin fatiga, a dormir.
Se hará luz en la zona de los sinos, oscura;
sabrás que en nuestra alianza signo de astros había
y, roto el pacto enorme, tenías que morir...
Gabriela Mistral, pseudónimo de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga n. em 07 de Abril de 1889 em Vicuña, Chile – m. em New York, 10 Jan. 1957).
Ler da mesma autora:
Los Sonetos de la Muerte I
Apegado a mi; Besos; Dá-me a mão; La Manca; Riqueza
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