Ainda e sempre Amália a propósito do 11º. aniversário do falecimento de Alain Oulman
Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.
Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.
Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.
De tanto mal, a causa é amor puro,
devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.
Poema de Luís Vaz de Camões, música de Alain Oulman
Alain Oulman nasceu a 15 de junho de 1928, em Cruz Quebrada-Dafundo, concelho de Oeiras e faleceu em Paris a 29 de março de 1990)
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