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2009-11-09

A Ponte Mirabeau - Guillaume Apollinaire

imagem daqui

Sob a ponte Mirabeau corre o Sena
E os nossos amores
Não me sai da cabeça esta cena
A alegria vinha sempre antes da pena


Vem a noite, soa a hora
Tudo passa na minha demora


Face a face fiquemos e de mão na mão
Enquanto
Sob a ponte dos nossos braços se vão
Os eternos olhares e a lassa ondulação


Vem a noite, soa a hora
Tudo passa na minha demora


O amor se vai como a água cinzenta
O amor se vai
Como a vida é lenta
E a esperança violenta


Vem a noite, soa a hora
Tudo passa na minha demora


Morrem os dias tudo morre
Nem o tempo passado
Volta nem os amores
Sob a Ponte Mirabeau o Sena corre


Vem a noite, soa a hora
Tudo passa na minha demora

in Qual é a Minha ou a Tua Língua Cem poemas de amor de outras línguas, organização de Jorge Sousa Braga, Assírio & Alvim

Guillaume Apollinaire, nascido Wilhelm Albert Vladimir Apollinaris de Kostrowitzky, (Roma, 26 de agosto de 1880 — Paris, 9 de novembro de 1918)


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