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2009-08-13

Samaritana - Vespasiano Ramos

Fuentesanta de Júlio Romero de Torres (daqui)

Piedosa gentil Samaritana:
Venho, de longe, trêmulo, bater
À vossa humilde e plácida cabana,
Pedindo alívio para o meu viver!

Sou perseguido pela sede insana
Do amor que anima e que nos faz sofrer:
Tenho sede demais, Samaritana
Tenho sede demais: quero beber!

Fugis, então, ao mísero que implora
O saciar da sede que o consome,
O saciar da sede que o devora?

Pecais, assim, Samaritana! Vede:
- Filhos, dai de comer a quem tem fome,
Filhos, dai de beber a quem tem sede.

Poema extraído daqui

Joaquim Vespasiano Ramos (n. em Caxias, Maranhão a 13 Ago. 1884; m. em Porto Velho, Rondônia a 26 Dez. 1916).

Ler do mesmo poeta Ânsia Maldita; Cruel.


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