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2009-05-09

Notícias da Semana (II) - Financiamento dos partidos, crise e sucesso invisível

Foi preciso haver uma lei sobre o modo como os partidos políticos podem ganhar dinheiro para que todos eles se pusessem de acordo. Pouca vergonha já escrevera aqui. «A nova lei do financiamento dos partidos é um atentado ao funcionamento das instituições democráticas» disse João Cravinho. Também de outros quadrantes figuras de peso nos respectivos partidos discordaram publicamente mas pelos vistos essas figuras não têm peso relevante na formação da vontade dos respectivos partidos quando se trata de votar na Assembleia coisas que lhes interessam. É apenas, mais uma forma de querer passar uma imagem de «politicamente correcto» enganando os portugueses.

No contexto da maior crise económica mundial desde a Grande Depressão de 1930, Portugal vive um periodo recessivo que se antevê como o mais profundo e prolongado das últimas décadas. Pois, apesar da deterioração significativa do enquadramento externo da economia portuguesa, e das suas próprias especificidades onde persistem algumas fragilidades que condicionam a produtividade dos factores, das previsões de descida do produto em 2009 de 3,5% (pelo menos digo eu...) e do aumento do desemprego, as bolsas esta semana tiveram subidas constantes e acentuadas.

Ao ciclo desvalorização dos activos, redução do valor das garantias, registo de imparidades, piores resultados, parece contrapôr-se agora uma espiral virtual. Subida das cotações, reversões dos ajustamentos, melhores resultados, dividendos, valorização das garantias perante as entidades financiadoras, melhores condições de crédito. Assim seja! É ainda cedo mas ao que parece há já quem aposte que os mercados bolsistas estão a ficar «bull» quando, pelo contrário, a situação económica real ainda sofre severas consequências da crise financeira. Vamos a ver se se trata de uma reversão temporária de quedas demasiado fortes ou se já é um sentimento positivo que associado aos níveis baixos das taxas de juro, recomendam a assumpção de maiores riscos.

Riscos graves e severos passará o Benfica se acreditar que este Benfica de Quique teve «sucesso invisível». Que sucesso? Invisível? É absolutamente inacreditável o discurso do treinador espanhol. Ao princípio era a comparação com a época passada. Ao fugir o título era o apuramento para a Champions. Com este perdido e com as comparações falaciosas com a época passada a também já nada de relevantemente positivo trazer ao reinado espanhol do Benfica admitiu, pela primeira vez, que no final da época pode conversar sem traumas (será que agora já tem algum convite?). Agora surgiu o fantasmagórico «sucesso invisível» do Benfica. É tão invisível, de facto que nenhum adepto se apercebe dele!

Eu não vejo nada que o Benfica tenha ganho com Quique. Não sabe ler o jogo, as substituições (quase) sempre dão mau resultado e qualquer treinador do «tacticamente anárquico» futebol português dá banhos de futebol ao Benfica de Quique. Dá é uma forma de dizer, porque se fazem pagar e bem com os pontos que retiram ao clube de que sou adepto. Não vejo resultados, não vejo «crescimento» nos jogadores, e não vejo a disciplina tactica de que ele se arroga ao criticar o futebol português. Também não vejo consistência num projecto, porque jogadores que entraram este ano, vão sair, ou porque não há dinheiro ou porque não renderam e outros tantos virão de novo.

Para fim de crónica o «sucesso invisível» do Benfica teve hoje mais uma demonstração com o Benfica a empatar em casa com o Trofense, com quem tinha perdido na primeira volta. Como o mais certo é que a equipa do Norte vá para a segunda divisão e por lá se perca... daqui por umas décadas as estatísticas demonstrarão que o Trofense em jogos oficiais tem vantagem sobre o Benfica. Nessa altura ninguém se lembrará de Quique...


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