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2008-07-30

O Poema - Mário Quintana, pela passagem do 102º. aniversário do poeta

foto daqui

Um poema como um gole d'água bebido no escuro
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta nocturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único.
Ferido de mortal beleza.

in Poesia Brasileira do Século XX, dos Modernistas à Actualidade. Direcção, Introdução e Notas de Jorge Henrique Basto, Edições Antígona, Lisboa

Mário Quintana (n. in Alegrete, Rio Grande do Sul a 30 Jul 1906; m. em Porto Alegre Alegre, Rio Grande do Sul a 5 de Maio de 1994).

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