Poema da minha esperança - Sebastião da Gama
Foto by: Everwatchingeye daqui
Que bom ter o relógio adiantado!...
A gente assim, por saber
que tem sempre tempo a mais,
não se rala nem se apressa.
O meu sorriso de troça,
Amigos!,
quando vejo o meu relógio
com três quartos de hora a mais!...
Tic-tac... Tic-tac...
(Lá pensa ele
que é já o fim dos meus dias.)
Tic-tac...
(Como eu rio, cá p'ra dentro,
de esta coisa divertida:
ele a julgar que é já o resto
e eu a saber que tenho sempre mais
três quartos de hora de vida.)
Sebastião Artur Cardoso da Gama (n. em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, a 10 de Abril de 1924; m. em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1952)
Do mesmo autor ler os belíssimos poemas:
Pequeno Poema
O Sonho
Madrigal
A gente assim, por saber
que tem sempre tempo a mais,
não se rala nem se apressa.
O meu sorriso de troça,
Amigos!,
quando vejo o meu relógio
com três quartos de hora a mais!...
Tic-tac... Tic-tac...
(Lá pensa ele
que é já o fim dos meus dias.)
Tic-tac...
(Como eu rio, cá p'ra dentro,
de esta coisa divertida:
ele a julgar que é já o resto
e eu a saber que tenho sempre mais
três quartos de hora de vida.)
Sebastião Artur Cardoso da Gama (n. em Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal, a 10 de Abril de 1924; m. em Lisboa a 7 de Fevereiro de 1952)
Do mesmo autor ler os belíssimos poemas:
Pequeno Poema
O Sonho
Madrigal
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