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2007-02-07

Pequeno Poema - Sebastião da Gama

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama (n. em Vila Nogueira de Azeuitão, Setúbal a 19 Abr 1924; m. 7 Fev. 1952)

Ler do mesmo autor: O Sonho


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