O enamorado das rosas - Olegário Mariano
La femme et les roses - Marc Chagall
Toda manhã, ao sol, cabelo ao vento,
Ouvindo a água da fonte que murmura,
Rego as minhas roseiras com ternura,
Que água lhes dando, dou-lhes força e alento.
Cada uma tem um suave movimento
Quando a chamar minha atenção procura
E mal desabrochada na espessura,
Manda-me um gesto de agradecimento.
Se cultivei amores às mancheias,
Culpa não cabe às minhas mãos piedosas
Que eles passassem para mãos alheias.
Hoje, esquecendo ingratidões mesquinhas,
Alimento a ilusão de que essas rosas,
Ao menos essas rosas, sejam minhas.
Olegário Mariano Carneiro da Cunha (n. no Recife em 24 Mar 1889, m. Rio de Janeiro, em 28 Nov. 1958)
Ler do mesmo autor, neste blog: O meu retrato ; Almas irmãs
Ouvindo a água da fonte que murmura,
Rego as minhas roseiras com ternura,
Que água lhes dando, dou-lhes força e alento.
Cada uma tem um suave movimento
Quando a chamar minha atenção procura
E mal desabrochada na espessura,
Manda-me um gesto de agradecimento.
Se cultivei amores às mancheias,
Culpa não cabe às minhas mãos piedosas
Que eles passassem para mãos alheias.
Hoje, esquecendo ingratidões mesquinhas,
Alimento a ilusão de que essas rosas,
Ao menos essas rosas, sejam minhas.
Olegário Mariano Carneiro da Cunha (n. no Recife em 24 Mar 1889, m. Rio de Janeiro, em 28 Nov. 1958)
Ler do mesmo autor, neste blog: O meu retrato ; Almas irmãs
1 comments:
Ahava Sicsu
disse...
Maravilhoso soneto! Espetacular poeta. Amo suas poesias.
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