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2007-09-07

Ainda o polémico lance do Porto - Sporting...

O FC Porto venceu o Sporting por 1-0 em jogo da segunda Jornada do Campeonato, disputado no Estádio do Dragão e todos se lembram ainda que o golo foi marcado na sequência de um livre indirecto dentro da grande área do Sporting, favorável ao FC do Porto assinalado pelo árbitro Sr. Pedro Proença.

Logo na crónica desse jogo, aqui neste blog nos inclinámos, para a conclusão de que esse golo só foi possível por um equívoco do árbitro (que não do guarda-redes do Sporting), ao contrário do que resultou, por exemplo, da posição do treinador do Sporting que preferiu «atirar as culpas» ao seu novo pupilo, guarda-redes.

Pois bem a polémica, como então também, aqui se anteviu, cresceu nos dias seguintes com a posição do Presidente do Sporting, Soares Franco a fazer-se ouvir - tardiamente e com falta de espontaneidade, como vem sendo habitual- contra o árbitro.

Também o comentador de arbitragem Sr. Jorge Coroado defendia que naquelas circunstancias não houve passe deliberado e por isso não devia ter sido assinalado livre indirecto, com o que concordamos, ainda que o no desnvolvimento do assunto nem sempre tenha dado explicações totalmente correctas.

Pois a Comissão de Arbitragem da Liga foi «obrigada» a pronunciar-se sobre o tema. Mas como não quiz tirar a rede ao seu árbitro primeiro classificado, emitiu um Comunicado (em 4 de Setembro) que «Em conclusão, entende a Comissão de Arbitragem da Liga que, ao contrário do que foi veiculado em diversos meios de informação, se um defensor efectua um pontapé que leve a bola no sentido da linha de baliza, seja esse pontapé um corte ou um passe, pode ser punido com pontapé-livre indirecto, no caso de o guarda-redes tocar a bola com as mãos».

Ora a conclusão anterior é capciosa, um autentico branqueamento da situação e revela falta de coragem, porque faz um enquadramento genérico. Falta no texto um requisito fundamental para quie o árbitro possa (no texto do comunicado) deva (digo eu) punir: o de atirar deliberadamente a bola com um ou com os dois pés.

A conclusão certa é a anterior ao remate dado no texto do Comunicado e que se transcreve:


"Um defesa entra em tackle por detrás sobre um adversário que conduz a bola, conseguindo desarmar o adversário indo a bola na direcção do guarda-redes.


Conclusão - Competirá ao árbitro decidir se a bola foi atirada deliberadamente em direcção ao guarda-redes para que este a possa agarrar e punir se o fizer".


Ou seja seja passe ou tackle o que importa decidir é se a bola é atirada deliberadamente para que o guarda-redes a possa agarra. Ora o árbitro só pode (deve) punir se houver esse atirar de bola deliberado. Ora todo o circunstancialismo do lance do Estádio do Dragão leva a afastar essa interpretação. Pelo que o Sr. Pedro Proença não podia (não devia) ter punido a equipa que defendia com livre indirecto.


Às vezes custa dizer as verdades, não é verdade Comissão de Arbitragem da Liga?



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