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2006-09-19

Os gestos simples e pequenos...

Às vezes sem saber muito bem porquê um episódio aparentemente sem importancia dá o tom geral da nossa disposição para durante um dia inteiro (às vezes mais).

É uma música que trauteamos sem saber porquê, às vezes outra que ouvimos na rádio, outras vezes um cartão ou um objecto pessoal que esquecemos ou não sabemos onde pára e por menos importancia que tenha nos afecta o tempo todo como seja uma das coisas mais importantes que tínhamos, ou então alguém que surpreendentemente nos pergunta como é que o cão está depois de um problema que teve...

É a nossa dependência das coisas simples e pequenas...

Às vezes receamos (também não se sabe bem porquê) o novo dia de trabalho e surge um daqueles aspectos simples mas positivos que nos põe de bem connosco próprio e com os outros.

Outras vezes também uma simples coisa negativa isoladamente sem importancia é suficiente para demonstrar a nossa incapacidade perante a vida e o mundo.

Mas ainda há outros gestos e outras coisas pequenas que parecendo ao princípio negativas nos dão força e ânimo e que nos tornam seres superiores. Uma delas é quando no elevador do trabalho entra um administrador e não te cumprimenta ou nem sequer te diz bom dia. Ao princípio pareces pequenino, mas depois ao reflectires no comportamento daquele que afinal é superior na escala hierarquica, vês que das duas uma: ou o homem tem tantos problemas que nem te vê, ou então sendo assim tão importante não consegue cumprir com uma regra de convivencia social mínima: o de dizer bom dia. Aí, por mais em baixo que te sintas, deves sentir-te melhor, por saberes que não fazes o que ele faz (fez).

Sabendo da importancia destas coisas simples, pequenas e que não custam nada, sorri para os outros e quanto a ti, pensa como a vida pode ser feita de uma sucessão contínua de coisas simples e pequenas.


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