Poemas de Sidónio Muralha
Boa Noite
A zebra quis
ir passear
mas a infeliz
foi para a cama
— teve que se deitar
porque estava de pijama.
A Caminhada
Nessa mata ninguém mata
a pata que vive ali,
com duas patas de pata,
pata acolá, pata aqui.
Pata que gosta de matas
visita as matas vizinhas,
com as suas duas patas
seguidas de dez patinhas.
E cada patinha tem,
como a pata lá da mata,
duas patinhas também
que são patinhas de pata.
Xadrez
É branca a gata gatinha
é branca como a farinha.
É preto o gato gatão
é preto como o carvão.
E os filhos, gatos gatinhos,
são todos aos quadradinhos.
Os quadradinhos branquinhos
fazem lembrar mãe gatinha
que é branca como a farinha.
Os quadradinhos pretinhos
fazem lembrar pai gatão
que é preto como o carvão.
Se é branca a gata gatinha
e é preto o gato gatão,
como é que são os gatinhos?
— os gatinhos eles são,
são todos aos quadradinhos.
Sidónio Muralha (n. Lisboa a 28 Jul 1920 - m. Curitiba, Paraná, Brasil a 8 de Dez 1982)
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