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2017-09-13

DUENDES - Alceu Wamosi

Nas mudas solidões da alma da gente,
Pela noite sem termo, andam vagando
Dolorosos espectros tristemente,
Em soluçante e doloroso bando...

Uns têm o aspecto cândido, inocente,
E os olhos cheios de lágrimas, chorando.
Outros, da rebeldia impenitente,
Vão, na fúria danada, estertorando.

É toda a dor amarga que nos prosta,
Que, num cortejo fúnebre, se mostra,
- Duendes vagando na alma - sem rebouços...

São as acerbas mágoas, os gemidos
Profundos, revoltados, doloridos,
E as blasfêmeas, e as pragas, e os soluços...

Alceu de Freitas Wamosy naceu em Uruguaiana, Rio Grande do Sul (RS), Brasil a 14 de Fevereiro de 1895 e faleceu em Livramento (RS) a 13 de setembro de 1923


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