DESPEDIDA - Carlos Magalhães de Azeredo
Não me coroes, Alma querida, de rosas: o encanto
da Juventude é efêmero; e a minha é quase extinta.
Também não me coroes de louros: a Glória não fala
ao coração, nem o ouve; passa, longínqua e fria.
Coroa-me das heras, que abraçam as graves ruínas:
são da humildade símbolo, e da tristeza eterna ...
Procelárias (1898)
Extraído daqui
Carlos Magalhães de Azeredo nasceu no Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 1872, e faleceu em Roma, Itália, em 4 de novembro de 1963
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