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2015-12-28

Nel Mezzo del Camin... - Olavo Bilac


Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
e triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada
e alma de sonhos povoada eu tinha...

E parámos de súbito na estrada
da vida: longos anos, presa à minha
a tua mão, a vista deslumbrada
tive da luz que teu olhar continha

Hoje, segues de novo... Na partida
nem o pranto os teus olhos umedece,
nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face e tremo
vendo o teu vulto que desaparece
na extrema curva do caminho extremo.

Extraído de "Os poemas da minha Vida" - António Lobo Xavier - Público

Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac (n. no Rio de Janeiro em 16 de dezembro 1865; m. 28 de dezembro de 1918)


1 comments:








tulipa

disse...


Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ohhhh, tão doce este poema!
Fêz-me voltar à minha infância, belos tempos.

Tu, como passaste o Natal?
Espero que bem.
O meu não foi mau, felizmente.

Votos de que o novo ano te traga tudo o que desejas.
PAZ e SAÚDE para ti e os teus.

Beijo da Tulipa/Ester