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2013-08-20

Já Voa a Flor Magra / Già Vola il Fiore Magro - Salvatore Quasimodo


Não saberei nada da minha vida,
obscuro monótono sangue.

Não saberei quem eu amava, quem amo,
agora que aqui, recluso, reduzido aos meus membros,
no desfeito vento de Março
enumero os males dos dias decifrados.

Já voa a flor magra
dos ramos. E eu espero
a paciência do seu voo irrevogável.

Poemas traduzidos por Sílvio Castro em Poesias Escolhidas, Ed. Opera Mundi, Rio de Janeiro, 1973

Versão original 

Già vola il fiore magro

Non sapró nulla della mia vita,
oscuro monotono sangue.

Non sapró chi amavo, chi amo,
ora che qui stretto, ridotto alle mie membre,
nel guasto vento di marzo
enumero i mali dei giorni decifrati.

Già vola el fiore magro
dei rami. Ed io attendo
la pazienza del suo volo irrevocabile.

In «Nuevas Poesías, 1936-1942»


Salvatore Quasimodo (nasceu em 20 Ago 1901 em Modica, Sicília; m. em Nápoles a 14 Jun 1968)

Ler do mesmo autor:
E de Repente é Noite
La Muraglia / A amurada


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