Poema 8: Vem Cassilda, olhar a madrugada que rompe - Fernando Namora
Vem, Cassilda, olhar a madrugada que rompe.
Vem e sentirás mais vastas a dor e a esperança.
Vem de manso, cautelosa,
antes que os pastores acordem as suas frautas
e perturbem a manhã.
Talvez sintas no rumorejar das aves madrugadoras
aquelas asas sem limites,
para além do campanário, para além dos montes
que teu olhar nunca soube ultrapassar.
Vem, Cassilda! Serás mais um astro branco
que a manhã serena coroou.
Vem e sentirás mais vastas a dor e a esperança.
Vem de manso, cautelosa,
antes que os pastores acordem as suas frautas
e perturbem a manhã.
Talvez sintas no rumorejar das aves madrugadoras
aquelas asas sem limites,
para além do campanário, para além dos montes
que teu olhar nunca soube ultrapassar.
Vem, Cassilda! Serás mais um astro branco
que a manhã serena coroou.
(Terra 1941)
Extraído de Poemas Portugueses Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI, Porto Editora
Fernando Namora (n. em Condeixa a 15 de Abril de 1919; m. em Lisboa a 31 Jan. 1989)
Ler do mesmo autor, neste blog:
Intimidade
Poema Cansado de Certos Momentos
Poema da Utopia
Coisas, Pequenas Coisas
Noite
0 comments:
Enviar um comentário