SATÃ - Maranhão Sobrinho
    Nas margens de cristal do Danúbio do sonho, 
    cromadas de rubis, de pérolas purpúreas, 
    vê-se o imenso solar sonolento e medonho 
    do dragão infernal das Princesas espúrias...
    Guarda o nobre portal de alabastro tristonho 
    desse antigo solar, de malditas luxúrias, 
    em que fulge o brasão heráldico do sonho 
    não sei quantas legiões de duendes e fúrias!
    Sobre o mármore azul das colunas austeras, 
    que, em noivados de luz, o luar engrinalda 
    brilha o vivo cristal de alígeras quimeras...
    Velam desse dragão o oriental tesoiro,
    sobre um trono de rei, de maciça esmeralda, 
    dois soberbos leões, de grandes patas de oiro...
José Américo Augusto Olimpio Cavalcanti dos Albuquerques Maranhão Sobrinho* nasceu em Barra do Corda, interior do Estado, em 25 de dezembro de 1879, e morreu ainda jovem, em Manaus, no mesmo dia em que completava 36 anos.
Nota do webmaster: Há um dragão e dois leões; das águias é que no soneto não há rasto...
















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