Namorados - Bernardino Lopes
Nessas manhãs alegres, perfumadas,
De éter sadio e claro firmamento,
Acariciando o mesmo pensamento
Percorremos o parque de mãos dadas.
Aves trinando em cima das ramadas,
Alvos patos e um cisne a nado lento
Sobre as águas do lago, num momento
Pela braza do sol ensanguentadas...
Brilha o sereno trêmulo nas pontas
Do vistoso gramal, como se fosse
Solto rosário de opalinas contas...
Enquanto uns casos rústicos de aldeia
Eu vou narrando-lhe, em linguagem doce,
Escuto a queixa de seus pés na areia!
De éter sadio e claro firmamento,
Acariciando o mesmo pensamento
Percorremos o parque de mãos dadas.
Aves trinando em cima das ramadas,
Alvos patos e um cisne a nado lento
Sobre as águas do lago, num momento
Pela braza do sol ensanguentadas...
Brilha o sereno trêmulo nas pontas
Do vistoso gramal, como se fosse
Solto rosário de opalinas contas...
Enquanto uns casos rústicos de aldeia
Eu vou narrando-lhe, em linguagem doce,
Escuto a queixa de seus pés na areia!
in Os dias do Amor, um poema para cada dia do ano, Recolha, selecção e organização de Inês Ramos, prefácio de Henrique Manuel Bento Fialho, Ministério dos Livros
Bernardino da Costa Lopes (n. em Boa Esperança, Rio Bonito, Rio de Janeiro, a 19 de Jan. de 1859; m. em 18 de Set. 1916, no Rio de Janeiro).
Ler do mesmo autor, neste blog:
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Berço
Cromo
Paraíso Perdido
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