MINHA IRMÃ - Sousândrade (no dia em que se completam 110 anos sobre o seu desaparecimento)
Eu anoiteço; qual as flores morrem,
Meus dias correm para o fim da vida;
Sinto no peito o coração tão frio,
Em pleno estio, minha irmã querida!
Porém, que vale? de ouro amor espero,
Melhor, sincero as c´oroas de saudade,
De ardente pranto, quando os olhos chorem
Dos que me forem visitar à tarde:
Eu sei que irás; e pela mão levando,
Deus! e brincando co´a filhinha-amor!
Dize-lhe: seja a filial ternura,
Alma e candura, em que descanse a dor!
Joaquim de Sousa Andrade, mais conhecido por Sousândrade, nasceu em Guimarães, Maranhão a 9 de julho de 1832 — m. São Luís, Maranhão, 21 de abril de 1902
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