Carta - Décio Duarte Ennes
Escrevo-te, querida, a última carta,
e nela envio o meu saudoso adeus
com o qual seguirão os dias meus,
que de viver minha alma já esta farta!
Tudo de mim agora já se aparta,
e o próprio Amor – este menino-deus –
já me renega e põe-me entre os ateus,
a mim, cuja existência quis eu dar-ta!
Poucas palavras restam-me, bem poucas,
(talvez, até as julgues tu bem loucas…):
Ofereci-te o amor – e o recusaste!
Ofereci-te a vida – e a não quiseste!
Agora eu te devolvo o que me deste:
- Os versos de um poeta que inspiraste!
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