Saudade - António Franco Alexandre
Tal como és, assim te quero, e sempre
diverso cada dia do que foste;
cada imperfeito gesto que inventares
me fará desejar-te em outro verso.
Da arte do soneto feito mestre
no concurso sem regra da floresta,
na mais pequena folha te descubro
e no caule do vento é que te perco.
Da turva luz já retirei o emblema
que me sirva de rosto permanente
e venha o cabeçalho do poema;
e pedirei à noite que me empreste
um farrapo do manto incandescente
de que se veste, agora, para ter-te.
António Franco Alexandre (nasceu em 17 de Junho de 1944, em Viseu)
2 comments:
Luma Rosa
disse...
Lindo poema!! :)
Fernando, o que fez que o seu blogue está levinho, levinho?
Bom fim de semana!!
Beijus,
tulipa
disse...
Já não expressamos os nossos sentimentos através da escrita.
Mas, apetece-me escrever:
Quero
PAZ e AMOR
...um sonho,
saudável!
Esta tarde antecipei-me
e andei pela Avenida da Liberdade, eram tantos os paparazzis...
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