Nesta última tarde em que respiro - António Franco Alexandre
Nesta última tarde em que respiro
A justa luz que nasce das palavras
E no largo horizonte se dissipa
Quantos segredos únicos, precisos,
E que altiva promessa fica ardendo
Na ausência interminável do teu rosto.
Pois não posso dizer sequer que te amei nunca
Senão em cada gesto e pensamento
E dentro destes vagos vãos poemas;
E já todos me ensinam em linguagem simples
Que somos mera fábula, obscuramente
Inventada na rima de um qualquer
Cantor sem voz batendo no teclado;
Desta falta de tempo, sorte, e jeito,
Se faz noutro futuro o nosso encontro.
António Franco Alexandre nasceu em Viseu a 17 de Junho de 1944.
Poema extraído daqui
Ler do mesmo autor, neste blog: Saudade
1 comments:
tulipa
disse...
Obrigado pelo teu comentario e visita, tenho andado muito arredada dos blogues, problemas de saúde e neste momento ando de vacances, Amigo.
Eu diria:
Há sempre um "Lugar no Mundo" à minha espera.
Depois de Zurique, Innsbruck, Salzburgo, acabei de chegar a Viena de Áustria.
Amigo, que lugares bonitos tenho visto, é dificil de explicar o que sinto.
Beijos.
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