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2010-05-03

Razões de segurança nacional impuseram a derrota do Benfica no Dragão

Visto o enquadramento anterior ao jogo, de terror, começado com o aviltamento das Casas do Benfica do Norte, nomeadamente em Ermesinde e Vila Nova de Gaia, do apedrejamento do autocarro do Benfica (que até o subcomissário da polícia - será portista? - tudo fez para desmentir-, do planeamento estratégico (conhecido de todos menos das autoridades) das bolas de golfe - a nova modalidade do clube do Norte - o «medo» de Benquerença ao aniquilar meia equipa do Benfica em quinze minutos, distribuindo amarelos a quem fazia e a quem sofria falta desde que vestisse de vermelho, acabo por concluir que foi um dom o Benfica ter perdido.

Benquerença, preocupado com o relógio, não viu o very-light caído ao pé de Quim no início do jogo, não viu as bolas de golfe atiradas para o campo e os objectos atingindo o treinador do Benfica durante a primeira parte e a Luizão ao intervalo. Viu o invisível para mostrar o cartão amarelo a Di Maria quando Fucile fez falta e ainda insistiu em desforço quando o jogo já estava parado, não viu o desvio da bola na perna de um defesa portista quando a bola foi à barra da baliza do Porto, não viu a simulação de Fernando junto à linha de fundo procurando uma falta quando o juíz assistente deu bem pontapé de canto mas não mostrou o amarelo ao defesa portista.

Expulsou Fucile num lance normal de jogo - mas a verdade é que a expulsão foi meia hora mais tarde do que devia - não viu a simulação de Bellushi no lance do segundo golo portista que determinaria falta contra o Porto e amarelo ao jogador portista... antes de Farías marcar golo.
Recolha aos balneários no intervalo do Porto-Benfica
Ainda na primeira parte o juiz assistente não teve coragem para marcar um penalty claro por corte com a mão de Hulk num livre em que a bola passaria pela barreira dos dois jogadores - neste caso concordo com Jesualdo ao dizer que o assistente não tinha coragem. Para onde estaria a olhar o assistente se os jogadores estão virados para ele? Afinal, o treinador do Porto saiu do banco (onde nunca deveria ter estado, aliás, porque fora expulso no jogo anterior)...

Este jogo demonstrou uma verdade inequívoca. É que o Benfica está bem treinado pelo Jorge de Jesus para ...jogar futebol. Quando o jogo não é de futebol mas de guerrilha aí o Benfica não tem armas como se viu em Braga, em Olhão e agora no Porto. Felizmente que o futebol ainda é na maior parte das ocasiões, um jogo de futebol...

Mas se concluo que foi um bem para a segurança nacional o Benfica ter perdido ontem no Dragão também não me inibo de dizer que será um bem para o estado de alma do país e um inevitável estímulo para a saída da crise económica que o Benfica ganhe no próximo domingo e se sagre campeão nacional de futebol 2009/2010. Na verdade, não estou a ver um árbitro (Vítor Pereira estará agora com sérios problemas para escolhê-lo) capaz de evitar que o Benfica se sagre campeão. É que, afinal, nos restantes 14 jogos em casa o Benfica teve 13 vitórias e 1 empate. Que me desculpem os vilacondenses, mas o Benfica vai conseguir o décimo quarto triunfo ... não através da coacção física e psicológica, mas jogando, apenas, futebol...

Dixit.



1 comments:








Abelourinha

disse...

Excelente dissertação sobre o jogo e o futebol que se pratica em Portugal