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2009-12-07

De repente, assim de repente...

Estava acomodado na minha realidade vã,
distante da poesia e ausente de sonhos
num quotidiano cinzento de cor.
De repente, vieste, irradiaste a manhã
e como licor de medronhos,
inebriaste o meu viver.
Parecia o poema perfeito:
os dias passaram a ter a cor do teu olhar
e a alegria do teu sorriso.
De repente, tal como chegaste,
assim de repente, partiste.
E eu acordei do sonho... triste.


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