Prestação de serviços mínimos em dia de chuva chegou para confirmar favoritismo

Porto

2-1

Apoel Nicosia


Hulk estreou-se a marcar na Champions

Depois de derrotar o Atlético de Madrid, o principal adversário na luta pelo apuramento, o Porto tinha uma oportunidade para se destacar nesse duelo caso batesse os cipriotas do Apoel em casa e outrop desfecho que não fosse esse constituiria uma desilusão.

Na primeira parte o FC Porto demonstrou superioridade evidente com domínio de jogo mas paradoxalmente foram os visitantes que avançaram no marcador: um fugida pela esquerda e cruzamento para a zona da pequena área com um avançado a disputar a bola e perturbar a acção de Álvaro Pereira que a tocou para o fundo da própria baliza (21').

Este lance não alterou a aparência de jogo fácil para a equipa portuguesa porque os cipriotas nem sequer revelavam segurança defensiva, com várias perdas de bola ainda na saída da defesa o que originou até um livre indirecto por o guarda-redes ter tido a necessidade de defender a bola com as mãos num passe desde a lateral direita.

Foi com origem em mais um passe errado que Falcão interceptou a bola e serviu Hulk que, de primeira, rematou cruzado fazendo o empate aos 33'. Ao intervalo as estatísticas revelavam uma enorme superioridade do Porto com 19 remates à baliza contra zero dos visitantes e dois jogadores do Apoel já «amarelados» disciplinarmente, mas o resultado era de 1-1!

Esta grande diferença de capacidade ofensiva nem permitiu que se criasse intranquilidade entre os adeptos portistas até porque logo no recomeço o Porto beneficiou de uma grande penalidade por mão de Elia na bola e que Hulk aproveitou para bisar e colocar os campeões nacionais em vantagem.

O jogo não decorria de modo brilhante e complicou-se um pouco para o Porto quando já depois de ter feito a primeira substituição (Cristian Rodriguez por Guarín) Mariano Gonzalez ter visto o caminho dos balneários apontado pelo árbitro que lhe mostrou o cartão vermelho por ter atingido com o braço um adversário (Satias) já com o jogo interrompido. Esta inferioridade foi gerida pelo Porto para trocar mais a bola entre os seus jogadores sem que a tentativa de reacção do Apoel tivesse sido suficientemente forte para sequer prenunciar o empate.

Foi uma vitória portista natural sem ter feito uma convincente exibição e que face à goleada imposta pelo Chelsea ao Atlético de Madrid (4-0) dá uma vantagem bem significativa- 5 pontos de avanço - sobre os madrilenos. Na próxima jornada o Porto vai a Nicosia enquanto o Atlético recebe o Chelsea e já nessa jornada o visto no passaporte para a fase seguinte pode ficar assegurado...

Ficha de jogo:
Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro Félix Brych (Alemanha)

FC PORTO: Helton; Fucile, Bruno Alves, Rolando e Álvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles (Sapunaru, 90+2m) e Mariano; Rodriguez (Guarín, 68m), Hulk e Falcao (Farías, 86m).

Suplentes: Nuno, Maicon, Ricardo Dias e Alex.

Treinador: Jesualdo Ferreira.

APOEL: Chiotis; Elia, Grncarov, Broerse e Satsias (Papathanasiou, 77m); Michail (Alexandrou, 59m), Nuno Morais, Charalambides, Hélio Pinto e Kosowski (Breska, 37m); Miroslavjevic.

Suplentes: Kissas, Kyriakou, Jean Paulista e Zewlakow.

Treinador: Ivan Jovanovic.

Disciplina: Cartão amarelo para Satsias (23m), Grncarov (36m), Breska (56m), Broerse (82m), Helton (90+1m). Cartão vermelho directo para Mariano (74m).

Marcador: 0-1 por Álvaro Pereira (21m, p.b.); 1-1 por Hulk (33m); 2-1 por Hulk (48m, g.p.).