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2009-04-05

Recordando Augusto de Lima na passagem do 150º aniversário do seu nascimento

A Um Otimista

Pensas que são inteiramente nossos
nossos corpos de argila? Não no creias.
Para reter a vida, em vão anseias:
dela não guardarás sequer destroços.

Não tens, fingindo de herdeiro dos colossos,
destinado a guardar coisas alheias,
nem o sangue que corre em tuas veias,
nem a sutil medula de teus ossos.

Uma voz noutra voz reproduzida,
reproduzindo antiga voz perdida,
o eco responde a voz – eco também...

Riste da sombra que refletes? Ri-se
também de ti a sombra: – quem te disse
que não és – olha atrás! – sombra de alguém?

Antônio Augusto de Lima (n. Nova Lima, então Congonhas de Sabará, a 5 de Abril de 1859; m. Rio de Janeiro, 22 de Abril de 1934)

Esperança e Saudade
Serenata


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