Descansa, borboleta branca - Eduardo Guerra Carneiro
Borboleta Branca imagem daqui
Na passagem do 5º. aniversário da morte do poeta:
Descansa, borboleta branca,
em minhas mãos abertas e retoma
o teu breve voar de um só dia.
Vens da noite misteriosa, espírito
de outro corpo. Que luz
de súbito se faz nesta loucura?
Melancolia, talvez, morte
chorada. Lanço-te ao vento.
Para que o fogo não volte
a queimar-te as asas.
A medo, terror mesmo, horas passadas,
olho-te tombada nesta sala.
Regressaste aqui, para morrer.
Mas à vida te devolvo. Voa, borboleta!
Eduardo Guerra Carmeiro (n. em Chaves, a 4 Ourt 1942; m. Lisboa a 2 Jan. 2004)
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