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2008-12-13

Poema começado do fim - Adélia Prado

imagem daqui
Um corpo quer outro corpo
Uma alma quer outra alma e seu corpo.
Este excesso de realidade me confunde.
Jonathan falando:
parece que estou num filme.
Se eu lhe dissesse que você é estúpido
ele diria sou mesmo
Se ele dissesse vamos comigo ao inferno passear
eu iria.
As casas baixas, as pessoas pobres,
e o sol da tarde,
imaginai o que era o sol da tarde
sobre nossa fragilidade
Vinha com Jonathan
pela rua mais torta da cidade
O Caminho do Céu.
Adélia Luzia Prado Freitas (nasceu em Divinópolis, Minas Gerais em 13 de dezembro de 1935).

Ler da mesma autoria : Pelicano


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