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2008-12-03

Fronteira - Tasso da Silveira (na passagem do 40º. aniversário da morte do poeta)

Há o silêncio das estradas
e o silêncio das estrelas
e um canto de ave, tão branco,
tão branco, que se diria
também ser puro silêncio.
Não vem mensagem do vento,
nem ressonâncias longínquas
de passos passando em vão.
Há um porto de águas paradas
e um barco tão solitário,
que se esqueceu de existir.
Há uma lembrança do mundo
mas tão distante e suspensa...


Há uma saudade da vida
porém tão perdida e vaga,
e há a espera, a infinita espera,
a espera quase presença
da mão de puro mistério
que tomará minha mão
e me levará sonhando
para além deste silêncio,
para além desta aflição.



Tasso de Azevedo da Silveira (n. em Curitiba (PR) a 11 de Março de 1895 e morreu no Rio de Janeiro a 3 de Dezembro de 1968)

Ler do mesmo autor Poema 17 [Esquece o tempo. O tempo não existe]


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