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2008-06-10

Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas

Neste dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas (aniversário da morte do grande poeta que ocorreu em 1580) é mais do que justificada a publicação aqui de alguns dos mais belos sonetos da Literatura portuguesa. E fica também aqui a reprodução da estátua em Lisboa, que lhe presta homenagem.


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Busque Amor novas artes, novo engenho,
para matar-me, e novas esquivanças,
que não pode tirar-me as esperanças,
que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto
onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;

que dias há que n’alma me tem posto
um não sei quê, que nasce não sei onde,
vem não sei como e dói não sei porquê.

Luís de Camões (n. 1524 – m. 10 Jun 1580)

Ler do mesmo autor:
Nothingandall: Amor, que o gesto humano na alma escreve
Nothingandall: Aquela triste e leda madrugada
Nothingandall: Mudam-se os tempos mudam-se-as vontades
Nothingandall: Amor é um fogo que arde sem se ver
Nothingandall: Erros meus, má fortuna, amor ardente
Nothingandall: Alma minha gentil que te partiste


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