Daniel Bessa e o ex-Ministro da Saúde
Daniel Bessa, aliás, o Professor Doutor Daniel Bessa surpreendeu-me com o seu artigo de opinião no Expresso deste fim de semana. O ex- Ministro das Finanças foi meu professor, aliás um dos melhores, na Faculdade de Economia do Porto e é uma pessoa que aprendi a respeitar (como quase todas, aliás), mas especialmente a gostar (bem poucas).
No caderno de Economia do Expresso o Professor Daniel Bessa sob o título de «Agradecimento» faz o elogio do ex-Ministro António Correia de Campos, dizendo que este «conduziu uma luta titânica à frente do Ministério da Saúde. Caiu na passada terça-feira em pleno combate». Diz ainda «caiu numa luta desigual contra os interesses e sobretudo contra o preconceito, autoproclamado humanista e vestido de esquerda».
Surpreendi-me por fazer a loa de António Correia de Campos. Tenho de discordar. Quando se faz uma reforma seja do que fôr é preciso estarem criadas certas condições para não haver roturas, descontinuidades e falhas no serviço. É o que penso, seja em que domínio fôr. Muito mais quando se está perante a prestação de um serviço público em que a saúde e muitas vezes a vida (única) das pessoas pode estar em jogo. É obvio que as alternativas, a tal rede de cuidados primários, não foram estabelecidas ou não estavam (estão) prontas enquanto os serviços iam sendo progressivamente encerrados. Tal situação foi bem evidenciada no debate sobre a saúde no programa «Prós e Contras». Já nem falo nas crianças irem nascer em Espanha. Não posso aceitar que, nem que seja por uma só única vida, se possa ficar em risco por uma gestão economicista da saúde. E a gestão da saúde não se pode reduzir a uma «gestão de transportes» como ultimamente parece se estar a converter, com o agravamento da interioridade e dos mais desfavorecidos.
Por isso, meu caro Professor que estimo, discordo!
No caderno de Economia do Expresso o Professor Daniel Bessa sob o título de «Agradecimento» faz o elogio do ex-Ministro António Correia de Campos, dizendo que este «conduziu uma luta titânica à frente do Ministério da Saúde. Caiu na passada terça-feira em pleno combate». Diz ainda «caiu numa luta desigual contra os interesses e sobretudo contra o preconceito, autoproclamado humanista e vestido de esquerda».
Surpreendi-me por fazer a loa de António Correia de Campos. Tenho de discordar. Quando se faz uma reforma seja do que fôr é preciso estarem criadas certas condições para não haver roturas, descontinuidades e falhas no serviço. É o que penso, seja em que domínio fôr. Muito mais quando se está perante a prestação de um serviço público em que a saúde e muitas vezes a vida (única) das pessoas pode estar em jogo. É obvio que as alternativas, a tal rede de cuidados primários, não foram estabelecidas ou não estavam (estão) prontas enquanto os serviços iam sendo progressivamente encerrados. Tal situação foi bem evidenciada no debate sobre a saúde no programa «Prós e Contras». Já nem falo nas crianças irem nascer em Espanha. Não posso aceitar que, nem que seja por uma só única vida, se possa ficar em risco por uma gestão economicista da saúde. E a gestão da saúde não se pode reduzir a uma «gestão de transportes» como ultimamente parece se estar a converter, com o agravamento da interioridade e dos mais desfavorecidos.
Por isso, meu caro Professor que estimo, discordo!
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