Cimeira de Lisboa UE - África: a diplomacia portuguesa está de parabéns
Heads of delegations for the EU-Africa summit (L to R) Sudan's President Omar Hassan al-Bashir, Zimbabwe's President Robert Mugabe, Burkina Faso's Blaisse Compaore, Bulgaria's President Georgi Parvanov, Libya's President Muammar Gaddafi and Pan-African Parliament President Gertrude Mongela of Tanzania stand for a family photo in Lisbon, Dec. 8, 2007. (Xinhua/Reuters Photo)
A diplomacia portuguesa está de parabéns. A realização da cimeira UE – África realizada no nosso país no passado fim de semana (8-9 de Dezembro) implicou a ultrapassagem de um sem número de questões, até de nível protocolar, que a presença de um grande número de representantes de Estados de espectro político, religioso e social bastante amplo implicaram.
O diálogo e a cooperação política, o relacionamento económico (negociações sobre acordos de parceria) e os direitos humanos, com ênfase para as migrações foram temas dominantes.
O principal mérito da cimeira, dizemos nós, foi o de estabeler o diálogo, o de um olhar de olhos nos olhos, inter-pares, em termos de soberania política, que não, naturalmente de paridade de estágios de desenvolvimento económico e social .
Ao contrário da Europa que tem um processo mais consolidado e unificado em matéria de economias, de regimes e de valores políticos , o continente africano está longe de possuir uma identidade política comum ou uma realidade económica integrada. A instabilidade de alguns regimes políticos, os conflitos internos e a fragilidade das economias, dificilmente conduzirão à unidade e à coerência interna ou regional. Estas substanciais diferenças dificultam seriamente a institucionalização do diálogo a um nível tão abrangente e abstracto (continente a continente).
Por outro lado por parte de alguns Estados africanos ressalta sempre uma visão desconfiada da Europa, porventura alicerçado no passado colonizador de alguns países europeus.
Mas a realidade é que também estes (alguns dos Estados africanos e não necessariamente os mesmos) não conseguiram ainda granjear um capital de confiança. As desigualdades sociais são incríveis, os problemas de saúde, esperança de vida, a pobreza e as condições de vida dramáticas nomeadamente na África subsariana, para não falar nos regimes políticos ditatoriais e do «lack» de liberdades são problemas sérios do Continente (e que o mundo não pode ficar alheio) .
Barroso afirmou que «Não podemos aceitar que aqueles que lutaram pela liberdade dos seus países agora a neguem aos seus concidadãos».
Já Kufuor, o presidente em exercício da União Africana, ripostou que «a situação dos direitos humanos não é boa em África, mas tampouco é na Europa»
Ora os problemas (e também de direitos humanos) são diversos e de diferente magnitude. Não se pode é justificar uns pela simples existência de outros.
O primeiro-ministro português José Sócrates declarou, no discurso de encerramento da Cimeira União Europeia-África, que durante os dois dias da iniciativa foram cumpridos "todos os grandes objectivos". No entanto, lembrou que a História fica agora com uma página em branco para escrever.
"O sucesso desta cimeira reflecte o empenho e vontade dos dois continentes e abre grandes expectativas a África e a Europa", afirmou Kufuor.
O dirigente africano agradeceu a Portugal a hospitalidade e a forma como foram organizados os trabalhos durante esta cimeira, após um interregno de sete anos no diálogo entre os dois continentes.
Entretanto, Kadafi propôs a Líbia para organizar a próxima cimeira União Europeia-África
O diálogo e a cooperação política, o relacionamento económico (negociações sobre acordos de parceria) e os direitos humanos, com ênfase para as migrações foram temas dominantes.
O principal mérito da cimeira, dizemos nós, foi o de estabeler o diálogo, o de um olhar de olhos nos olhos, inter-pares, em termos de soberania política, que não, naturalmente de paridade de estágios de desenvolvimento económico e social .
Ao contrário da Europa que tem um processo mais consolidado e unificado em matéria de economias, de regimes e de valores políticos , o continente africano está longe de possuir uma identidade política comum ou uma realidade económica integrada. A instabilidade de alguns regimes políticos, os conflitos internos e a fragilidade das economias, dificilmente conduzirão à unidade e à coerência interna ou regional. Estas substanciais diferenças dificultam seriamente a institucionalização do diálogo a um nível tão abrangente e abstracto (continente a continente).
Por outro lado por parte de alguns Estados africanos ressalta sempre uma visão desconfiada da Europa, porventura alicerçado no passado colonizador de alguns países europeus.
Mas a realidade é que também estes (alguns dos Estados africanos e não necessariamente os mesmos) não conseguiram ainda granjear um capital de confiança. As desigualdades sociais são incríveis, os problemas de saúde, esperança de vida, a pobreza e as condições de vida dramáticas nomeadamente na África subsariana, para não falar nos regimes políticos ditatoriais e do «lack» de liberdades são problemas sérios do Continente (e que o mundo não pode ficar alheio) .
Barroso afirmou que «Não podemos aceitar que aqueles que lutaram pela liberdade dos seus países agora a neguem aos seus concidadãos».
Já Kufuor, o presidente em exercício da União Africana, ripostou que «a situação dos direitos humanos não é boa em África, mas tampouco é na Europa»
Ora os problemas (e também de direitos humanos) são diversos e de diferente magnitude. Não se pode é justificar uns pela simples existência de outros.
O primeiro-ministro português José Sócrates declarou, no discurso de encerramento da Cimeira União Europeia-África, que durante os dois dias da iniciativa foram cumpridos "todos os grandes objectivos". No entanto, lembrou que a História fica agora com uma página em branco para escrever.
"O sucesso desta cimeira reflecte o empenho e vontade dos dois continentes e abre grandes expectativas a África e a Europa", afirmou Kufuor.
O dirigente africano agradeceu a Portugal a hospitalidade e a forma como foram organizados os trabalhos durante esta cimeira, após um interregno de sete anos no diálogo entre os dois continentes.
Entretanto, Kadafi propôs a Líbia para organizar a próxima cimeira União Europeia-África
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