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2007-12-04

Benfica venceu na Ucrânia e continua na Europa

Shaktar

1-2

Benfica

Dois golos de Cardozo garantiram a Taça Uefa

Camacho apresentou no onze inicial três alterações relativamente à equipa que iniciou o jogo contra o Porto: uma obrigatória por lesão de Christian Rodriguez - jogou Di Maria - e duas por opção: Nélson em vez de Luís Filipe e Cardozo na frente do ataque (em vez de Nuno Gomes).

Cedo se percebeu que os ucranianos iam pressionar bastante e logo aos 2' Quim teve de intervir para evitar o golo. O que aconteceu a seguir não é muito normal no Benfica. Dois ataques e dois golos. Com efeito aos 6' os defesas ucranianos «ofereceram» o golo a Cardozo, com um atraso de bola inacreditável. O outro central não foi lá, o guarda-redes também ficou e Cardozo interpôs-se ganhou a bola e marcou à vontade. Os ucranianos, melhor dizendo a equipa ucaniana com os seus jogadores brasileiros em tabelinhas e ritmo forte atirava o Benfica para a defesa mas como se disse acima praticamente na segunda vez que o Benfica passou a linha de meio-campo, Nélson onduziu pelo centro abriu para Maxi Pereira liberto na direita, sem oposição olhou e centrou para Cardozo de cabeça «facturar» o seu segundo golo.

Pensava-se que com dois a zero a confiança encarnada se associasse à descrença dos locais e o Benfica dominasse o jogo mas tal esteve longe de acontecer. O Shaktar continuou como se nada fosse a atacar o Benfica sempre muito recuado, e David Luís cometeu um erro a empurrar o experiente Lucarelli numa jogada de cruzamento para a área e a originar um penalty escusado. Lucarelli fez o 1-2 e as coisas complicavam-se. O Benfica porfiava na defesa mas teve uma terceira saída no ataque que Maxi Pereira na entrada da área finalizou por cima.

O sufoco durou até cerca dos 60 minutos porque após o intervalo, no recomeço de jogo o Shaktar continuou a porfiar no ataque. No entanto, o gás parece ter terminado por essa altura. A partir daí, finalmente o Benfica passou a «respirar» mais a ter mais bola e o Shaktar ia perdendo ânimo optando por um futebol mais directo nada compatível com os jogadores brasileiros da frente e com Luisão a mandar no jogo aéreo. Verdade se diga que o guarda-redes ucraniano também não fez uma única defesa mas a temperatura baixa ia também arrefecendo os ânimos e esperanças ucranianas que só nos últimos minutos voltaram a incomodar a defesa encarnada.

Portugal mantém assim quatro equipas nas competições europeias: o Porto na Champions (desde que não perque em casa com o Besiktas), Sporting e Benfica na Taça Uefa e o Braga que ainda está na fase de grupos da Taça Uefa (joga quinta-feira em Salónica) a lutar por fazer companhia aos clubes lisboetas.
Vassaras, o árbitro grego que é um talismã para as equipas portuguesas, fez uma boa arbitragem.

No outro jogo do grupo o Milan derootou o Celtic por 1-0 (o que significa que caso o Benfica tivesse ganho ao Milan estaria na fase seguinte da Champions League).

Cardozo esteve em destaque

Estádio Olímpico, em Donetsk (Ucrânia)

Árbitro: Kyros Vassaras (Grécia)

Shakhtar – Pyatov; Srna, Chygrynskiy, Kucher e Rat; Lewandowski (Hubschman, 57m); Ilsinho (Willian, 67m), Jadson e Fernandinho; Lucarelli (Gladkiy, 74m) e Brandão

Benfica – Quim; Nélson, Luisão, David Luiz e Léo; Katsouranis e Petit; Maxi Pereira (Luís Filipe, 83m), Rui Costa e Di María (Nuno Assis, 67m); Cardozo (Nuno Gomes, 90m)

Golos: 0-1, Cardozo (5m); 0-2, Cardozo (21m); 1-2, Lucarelli (30m pen.);

Disciplina: Cartão amarelo para David Luiz (29m), Kucher (68m), Luís Filipe (90+1m), Brandão (90+4m)


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