A Hora da Partida - Delfim Guimarães
Ai, a hora cruel da despedida
e as lágrimas choradas nesse instante!
Fazem mais do que lâmina cortante
os soluços que ouvimos à partida...
Hora triste, hora amarga e dolorida,
que se eterniza... e corre galopante;
momento inolvidável, cruciante,
que, num sopro, nos rouba anos de vida!
Muito custa sair a barra fora,
deixando o coração, pois, muito embora
a gente conte em breve regressar,
quem poderá prever, quando partimos,
por quanto tempo nós nos despedimos,
se porventura havemos de voltar?!
Delfim de Brito Monteiro Guimarães (n. no Porto a 4 Ago 1872, m. na Amadora a 6 de Jul 1933)
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