Dois Poemas da Praia da Areia Branca - Sidónio Muralha
foto: Praia da Areia Branca, Portugal; autor: glosk.bot
1
Na praia da Areia Branca
os búzios não falam só do mar:
- falam das pragas, dos clamores,
da fome dos pescadores
e dos lenços tristes a acenar.
Búzios da praia da Areia branca:
- um dia,
haveis de falar
unicamente do mar.
2
No fundo do mar,
há barcos, tesoiros,
segredos por desvendar
e marinheiros que foram morenos ou loiros.
Ali, não são morenos nem loiros:
- são formas breves, a descansar,
sem ambições para os tesoiros
e de cabelos verdes dos limos do mar.
Serenos, serenos, repousam os mortos,
enquanto o mar
ensina o mundo a falar
a mesma língua em todos os portos.
Sidónio Muralha (n. Lisboa a 28 Jul 1920 - m. Curitiba, Paraná, Brasil a 8 de Dez 1982)
Na praia da Areia Branca
os búzios não falam só do mar:
- falam das pragas, dos clamores,
da fome dos pescadores
e dos lenços tristes a acenar.
Búzios da praia da Areia branca:
- um dia,
haveis de falar
unicamente do mar.
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No fundo do mar,
há barcos, tesoiros,
segredos por desvendar
e marinheiros que foram morenos ou loiros.
Ali, não são morenos nem loiros:
- são formas breves, a descansar,
sem ambições para os tesoiros
e de cabelos verdes dos limos do mar.
Serenos, serenos, repousam os mortos,
enquanto o mar
ensina o mundo a falar
a mesma língua em todos os portos.
Sidónio Muralha (n. Lisboa a 28 Jul 1920 - m. Curitiba, Paraná, Brasil a 8 de Dez 1982)
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