Taça Uefa: Benfica tem estranha atracção pelo abismo
Depois do clássico com o Porto em que a exibição encarnada variou da equipa submissa da 1ª. parte a uma equipa amplamente dominadora na segunda, mas em que o resultado beneficiou mais o seu adversário, o Benfica jogava em Barcelona outra grande cartada da época, perante um Espanyol em fraca posição na Liga espanhola mas com grande performance na Taça Uefa
Fernando Santos surpreende no onze inicial colocando João Coimbra (quando se esperava Rui Costa) para substituir o ausente por castigo Katsouranis e ainda por deixar Miccoli no banco, entrando Derlei
Não é a primeira vez que estas composições surpresa são feitas e invariavelmente dão maus resultados. Já se sabia que o Espanyol era forte em termos de ataque e vulnerável em termos ofensivos. A verdade é que o Benfica nesses aspecto se assemelha. A ausência de Luisão, substituido pela juventude de David Luís e a forma de jogar de Anderson (pouca velocidade) a que se junta uma estranha má forma de Nélson cedo fez sobressair as «vantagens» da equipa espanhola. Temudo entra na área, adianta a bola a David Luís e ganha em velocidade e perante Quim faz o 1-0 aos 15'.
Aos 33' Nélson de cabeça faz auto-golo após remate de Riera e Fernando santos começa a desfazer o que (mal) inventara. Faz entrar Ruio Costa para o lugar de João Coimbra aos 36'
Na segunda parte o Benfica melhora; o treinador do Espanhol substitui Temudo por Pandiani ( o melhor marcador da Taça Uefa) e pouco depois Fernando Santos mete Miccoli para o lugar de Derlei. Ou seja só aos 56' o Benfica estava com a formação que deveria ter começado o jogo. Esta estranha atracção do Benfica pelo abismo incrementou-se, desta vez por culpa da arbitragem que perdoa um penalty claro por falta sobre Simão. O Benfica estava postado no ataque, Nelson perde a bola e dá unucuio a uma jogada de ataque dos locais. Lado direito da defesa encarnada totalmente desguarnecideo, há tempo para tudo, para dominar, olhar cruzar à vontade e Pandiani de cabeça a ganhar a Anderson e a fazer o 3-0.
É o delírio em Montjuich e teme-se alguma coisa parecida com os sete do Celta. É verdade! O Benfica nem sequer se apercebeu do pesadelo que estava a atravessar. Um lançamento para a desmarcação de Miccol, que beneficiou da posição atrasada de um defesa do outro ladoi do campo, para partir ~isolado em direcção da baliza e perante o encuratar do ângulo do guarda-redes assistiu Nuno Gomes que marcou â vontade. Mal o 3-1- tinha ocorrido, Simão na esquerda entra pela lateral da área pelo meio de dois adversários e remata cruzado com a bola ainda a desviar-se no corpo de um defesa para se fixar noi fundo da baliza. Em dois minutos o benfica passa do Inferno para perto das portas do Céu. E o bilhete de entrada até chegou a ser comprado; por duas vezes o benfica esteve perto de empatar por Miccoli (ao lado) e por Karagounis, com Gorka a fazer uma grande defesa. O porteiro não deixou entrar e o Benfica voltou para trás, onde esteve nos últimos minutos perto de sofrer o 4-2 com Quim e a sorte a evitar que acontecesse.
Não é possível uma equipa de top ter a inconsistencia e a irregularidade (até no mesmo jogo) que o Benfica tem. Por isso o Benfica não é actualmente uma equipa de top e eu concluo que o Benfica não é uma equipa bem treinada.
De qualquer modo ainda que em desvantagem, tal como no Campeonato, o Benfica ainda vive e ainda tem esperanças de ganhar. Para a semana há mais.
Estádio de Montjuic, em Barcelona
Árbitro: Eric Braanhaar (Holanda)
ESPANHOL – Gorka; Zabaleta (Delacruz, 68 m), Torrejón, Jarque e Chica; De la Peña e Moisés; Rufete (Ito, 78 m), Luis Garcia e Riera; Tamudo (Pandiani, 52 m).
BENFICA – Quim; Nélson, Anderson, David Luiz e Léo; Petit, Karagounis e João Coimbra (Rui Costa, 36 m); Derlei (Miccoli, 56 m), Nuno Gomes e Simão.
Golos: 1-0, Tamudo (15 m); 2-0, autogolo de Nélson (33 m); 3-0, Pandiani (58 m); 3-1, Nuno Gomes (63 m); 3-2, Simão (65 m).
Disciplina:
Cartão amarelo a Anderson, Zabaleta, Simão e Riera.
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